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segunda-feira, 30 de julho de 2012

A FIDELIDADE DE DEUS




A FIDELIDADE DE DEUS

"Saberás, pois, que o Senhor teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel". Deuteronômio 7:9.
A fidelidade é um dos atributos de maior conforto e doçura. A fidelidade pertence a Deus; a inconstância caracteriza o homem pecador. A fidelidade de Deus é uma verdade prática ao crente. É travesseiro para a cabeça cansada, estímulo ao coração que desfalece e apoio para os joelhos fracos. Em todas as exigências da vida, podemos contar asseguradamente com Ele. Ele nunca decepcionará a alma que confia. Sua fidelidade nunca falhará. A fidelidade de Deus, juntamente com Seu imenso poder é nossa esperança eterna. Os homens nos decepcionam por falta de fidelidade ou poder. Mas podemos olhar além das ruínas causadas pela infidelidade dos homens, e avistarmos Um que é grande em fidelidade. Podemos ficar certos que "Porque fiel é o que prometeu". Hebreus 10:23.
Infidelidade é uma das características que se sobressai nestes dias maus. Quem nunca sofreu nas mãos de homens infiéis? E, onde está o homem que de uma maneira ou outra, não seja culpado deste pecado? No mundo econômico quase todas as falhas são resultado de devedores ou empregados infiéis. No setor social, a infidelidade conjugal tem se tornado um terrível mal. Os sagrados laços do matrimônio são rompidos com a facilidade de quem joga fora roupas velhas. No mundo político, as promessas antes das eleições são quebradas com a mesma facilidade com que foram feitas. Nas negociações internacionais, os acordos são considerados como simples folhas de papel. E no setor religioso, a infidelidade é tão notável quanto em qualquer outro setor. Multidões que professam crer na Bíblia ignoram grandes porções dela, pronunciando outras partes como antiquadas, e com explicações tentam desfazer o que está escrito.
ENOJADO COM A HUMANIDADE
Um repórter de um dos grandes noticiários americano, que havia testemunhado a batalha de Alcazar numa Espanha regada pela guerra e ensopada com sangue, ainda hospitalizado, falou com o chefe no outro lado do oceano e disse: "Estou enojado com a humanidade". A raça humana começou a se degradar no Jardim do Éden pela sua infidelidade ao Criador, e pelo mesmo pecado, destrói a si mesma. Aqui está uma pergunta com que podemos sondar o nosso coração: Temos sido motivo de tristeza a outros por motivo de nossa infidelidade? Será que esposa, marido, filhos, pais, vizinho, pastor, irmão, ou outra pessoa qualquer já se entristeceu por nossa infidelidade? Lembre-se que as lágrimas causadas por nosso maltratar são guardadas no odre de Deus para serem evidência no dia de julgamento. Salmo 56:8.
O DEUS FIEL
Há alguém que é grande em Sua fidelidade. A fidelidade é uma perfeição em Deus pela qual Ele é fiel à sua Palavra e a todos os Seus concertos. Ele nunca quebra um contrato consigo mesmo nem com Suas criaturas. O que Ele propôs, isto fará, e o que prometeu, isto executará. A mentira é um dos pecados que mais prevaleceu em todos os tempos. Foi o acreditar numa mentira que arruinou toda a raça humana. Adão e Eva deixaram a Palavra de Deus e seguiram o pai das mentiras. E todos os seus filhos seguiram no mesmo caminho. Os filhos de Israel, literalmente rogavam, no passado distante, aos profetas a pregarem mentiras a eles. Eles clamavam: "Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e vede para nós enganos". Isaías 30:10. Em nossos dias, a palavra mentira se camuflou com o termo "propaganda".
Conta-se que em Sião quem fosse pego contando mentira teria a boca costurada por três dias. O Irmão R. G. Lee diz, que se esta fosse a lei aqui em nosso país, muitos homens de negócios não poderiam atender ao telefone, e que muitas senhoras andariam com lindos bordados na boca.
A inclinação de contar e acreditar numa mentira é um dos fatos mais surpreendentes na história da humanidade. Da boca de um só Homem, nunca saiu nenhuma mentira. E este foi o Deus-Homem, Jesus Cristo, a verdade encarnada. Isaías 53:9.
DEUS É FIEL A SI MESMO
A respeito de Deus lemos que "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo". 2 Timóteo 2:13. Isto significa que Ele efetuará tudo o que propôs. Romanos 8:28 diz que tudo opera para o bem dos que amam a Deus e são chamados segundo seu propósito. Lá na eternidade anterior, havia um povo que dantes conheceu e predestinou a quem Deus propôs chamar e justificar e glorificar. Esta era uma proposta secreta, conhecida somente por Deus. Não havia promessa dada ao homem, pois este nem sequer existia ainda. Portanto, se Deus não chamasse, justificasse e glorificasse os dantes conhecidos e predestinados, Ele não seria fiel nem verdadeiro a Si mesmo. Seria como o homem que se propôs a fazer uma coisa, e depois falhou por inconsistência ou por incapacidade. Deus é fiel ao Seu próprio propósito, e tem amplo poder para a execução de Seus planos. "E segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes"? Daniel 4:35.
DEUS É FIEL A SEU FILHO
Existem certas promessas feitas a Cristo, que é simbolizado por Davi espiritualmente, com a condição de que executasse Seus deveres como Mediador do novo concerto. E Deus jurara não mentir a Davi, isto é a Cristo, o Davi espiritual. Ele veria Sua semente e o labor de Sua alma e ficaria satisfeito. Em relação ao concerto da graça, do qual as três pessoas da Trindade fizeram parte, não podemos fazer melhor que citar B. H. Carroll: "Antes de haver o mundo, um concerto de graça e misericórdia foi feito pelo Pai, Filho e Espírito Santo, cujas evidências são plenas no N. T., e a parte a ser executada por cada um são claramente definidas, a saber: A graça do Pai em concordar que seu o Filho viesse, suas obrigações para com o concerto de dar uma semente ao Filho, Sua presciência desta semente, Sua predestinação da semente, e a justificação e adoção destes em bom tempo. O concerto do Filho inclui a obrigação de assumir a natureza humana em Sua encarnação, voluntariamente renunciando à glória que tinha com o Pai antes do mundo? para tornar-Se obediente até a morte e morte de cruz. A consideração como esperança à Sua frente, induzindo-O a suportar a desgraça da cruz, e o galardão dado pela obediência, foi Sua ressurreição, Sua glorificação, Sua exaltação ao trono real de sacerdote e Seu investimento com direito a julgar. E as obrigações do Espírito Santo eram de aplicar Sua obra de redenção em chamar, convencer, regenerar, santificar e levantar dos mortos a semente prometida ao Filho. Tudo isto mostra que o plano de salvação não foi um pensamento secundário; que as raízes dele na eleição e predestinação estão tanto na eternidade quanto da existência do mundo, e os frutos dele estão na eternidade após o julgamento. O crente deve considerar esta corrente, testar cada elo, sacudi-la e ouvir seu som, ligado de eternidade à eternidade. Cada um que Deus escolheu é atraído pelo Espírito a Cristo. Cada um predestinado é chamado pelo Espírito em tempo, justificado em tempo e será glorificado quando o Senhor vier".
A MORTE DE CRISTO NÃO FOI UMA EXPERIÊNCIA
A morte de Cristo não foi uma experiência, incerta nos resultados. A obra do Espírito Santo não é mera tentativa para ver o quanto Ele pode efetuar. Jamais poderíamos aprovar a doutrina dum Pai infiel, um Espírito Santo derrotado e um Filho decepcionado. Cremos num Deus fiel, num Espírito Santo invencível e num Cristo vitorioso. Spurgeon diz: "Creio firmemente que toda alma pela qual Cristo verteu Seu sangue como substituto, Ele reivindicará como Sua, e terá como Sua por direito. Amo esta verdade e deleito-me em proclamá-la. Nem todos os poderes da terra ou inferno, nem a obstinação da vontade humana, nem a profunda depravação da mente humana, podem impedir Cristo de ver o labor de Sua alma e de ficar satisfeito. João 6:13-40.
Mas, melhor ainda são as palavras proferidas pelos lábios da Verdade em carne... ouçam-na: "Todo que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia". João 6:37-40.
A BASE DE NOSSA SEGURANÇA
A base da nossa segurança é a fidelidade de Deus a seu Filho. "Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor". 1 Coríntios 1:9. De acordo com o concerto, Jesus Cristo teria companheiros. Pelo chamado de Deus (o chamado eficaz do Espírito pela Palavra) fomos primeiramente admitidos na comunhão com Cristo, e o objetivo final é nossa presença com Ele na glória. E isto é garantido pela fidelidade de Deus, que nos confirmará no fim (1 Coríntios 1:8), pois os chamados serão justificados e glorificados. Os que Ele chamou e justificou estão seguros enquanto Deus for fiel à Sua Palavra para com o Filho. Livrar-se da correção depende da boa conduta do crente, mas a certeza da glória se baseia na fidelidade de Deus para com Seu Filho.
"Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nos meus juízos, se profanarem os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos, então visitarei com vara, e a sua iniqüidade com açoites. Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade. Não quebrarei a minha aliança, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei por minha santidade que não mentirei a Davi. A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol diante de mim". Salmo 89:30-36.
Que firme fundamento para nossa fé! Nossa segurança não jaz em nossa fidelidade a Deus, mas na fidelidade de Deus ao Seu Filho. ALELUIA!
DEUS É FIEL A SEUS SANTOS
Deus fez promessas aos crentes pobres, fracos e entristecidos que creram no Senhor Jesus Cristo e Ele, fielmente, cumprirá cada promessa que fez. "Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento". Romanos 11:29. Isto significa que Deus é fiel às Suas promessas do concerto, e não falhará na glorificação dos que chamou. Todas as promessas de Deus em Cristo são "sim" (certas) para que cada crente possa dizer "amém" à glória de Deus. 2 Coríntios 1:20.
PRESERVAÇÃO
Deus é fiel na preservação de Seu povo. "Porque o Senhor ama o juízo e não desampara os seus santos, eles são preservados para sempre". Salmo 37:28. "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que, mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai". João 10:27-29. Aquele que é preservado não tem o poder para guardar-se a si mesmo. Os santos são fracos, mas são guardados pelo poder de Deus. 1 Pedro 1:5. A promessa de Deus ao crente é a vida eterna. E isto não significa existência eterna, mas favor ou justificação eterno para que ele nunca mais fique debaixo da condenação. João 5:24.
"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará". 1 Tessalonicenses 5:23-24. Aqui jaz a completa santificação e livramento do pecado e isto pela dependência do crente na fidelidade de Deus. Os chamados não são apenas justificados, mas também glorificados, pois Deus é fiel. Deus nunca chamaria os pecadores com o chamado eficaz de vida eterna para depois deixá-los pelo meio do caminho que leva à glória. A obra de Deus para com Seus santos é perfeita. Aqueles que fugiram da tempestade da ira divina, têm a Palavra de Deus, e Seu juramento como base de esperança, estas duas coisas sendo imutáveis, nas quais Deus não pode mentir.
DISCIPLINA
Deus é fiel ao disciplinar Seus filhos. "Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que segundo a tua fidelidade me afligiste". Salmo 119:75. Aqui Davi submete-se à disciplina de Deus e a aceita como justa e boa. Na teologia de Davi não havia lugar para sorte nem chance. Ele cria que tudo o que acontecia, era ordenado por Deus. Suas aflições foram grandes, mas ele via a mão de Deus em todas elas, e acreditava serem para o seu próprio bem. Ele ainda acrescenta que Deus era fiel em mandá-las. Deus estava operando para o bem de Davi, e sabia o que ele necessitava. Deus é tão fiel aos Seus em discipliná-los quanto em preservá-las. Deus não é um Eli indulgente e infiel. Ele não permitirá que Seus filhos pequem sem serem disciplinados. "O que faz uso da vara odeia seu filho; mas o que o ama, desde cedo o castiga". Provérbios 13:24.
Devemos louvar a Deus por Sua fidelidade em nos açoitar, a fim de levar-nos de volta a Si mesmo e às veredas da obediência. Os santos têm certas tendências das ovelhas e são propensos a se desviarem. Deus é o fiel pastor que sabe usar a vara para levar-nos de volta ao rebanho. Ouça a Davi, novamente: "Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra". Salmo 119:67. E a doutrina permanece a mesma, seja no Velho ou no Novo Testamento. Em Hebreus 12:11, lemos: "E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela". Temos esta gloriosa verdade escrita por um dos puritanos, Thomas Washburn (1606-1687):
À medida que o santo cresce na sabedoria da verdade quanto a Deus e ao homem, ele repudiará a si mesmo e admirará mais e mais a Deus. Quando a verdade a respeito de Deus e do indivíduo se interiorizarem, então faremos o que é justo, amaremos misericórdia, e andaremos em humildade diante de Deus. Miquéias 6:8.
Ó, quanto nós, Seus filhos comprados com sangue, devemos ser fiéis Àquele que jamais faltará em fidelidade para conosco! Isto é o que Ele requer de nós como mordomos de Seus bens. Pouco importará quando morrermos, se tivemos riquezas e honras neste mundo, mas importará grandemente se fomos fiéis ao nosso Redentor. Que a fidelidade de Deus produza em nós, fontes donde corram águas de fidelidade em Seu serviço glorioso. 

Autor: C. D. Cole
Revisão 2004: David A Zuhars Jr
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 

O AMOR DE DEUS


O AMOR DE DEUS

Henrique Drummond diz que o amor é a coisa maior do mundo. E do nosso ponto de vista o amor é a coisa maior em Deus. Sem amor Sua justiça nos condenaria; Sua santidade nos afastaria de Sua presença e Seu poder nos destruiria. O amor é a única esperança dos pecadores e nossa maior preocupação deve ser a descoberta do amor de Deus para conosco.
Quanto à Sua natureza moral, diz-se que Deus é duas coisas: luz e amor. "Deus é luz". 1 João 1:5. Nas Escrituras as trevas simbolizam o pecado e a ignorância, e a "luz" é símbolo de santidade e de entendimento. "Deus é amor". 1 João 4:8. Luz e amor são perfeições que se equilibram na Sua natureza. Sendo que Deus é luz, Seu amor não é fraqueza de boa índole nem indulgência de boa natureza. Porque Deus é luz, Seu amor é um amor santo, e não um simples sentimento. O amor de Deus nunca entra em conflito com Sua santidade. Desde que Ele é luz, nunca o pecado de Seu povo é desculpado, "Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho". Hebreus 12:6.
O amor de Deus pode ser definido como um princípio eterno de Sua natureza pelo qual Ele é movido a conferir bênçãos eternas e espirituais. O amor é a causa que move todos os Seus atos de misericórdia e graça. O amor de Deus é a prova de que todas as coisas operam para o bem final do Seu povo; ele é a base de toda a Sua atividade de redenção.
CARATERÍSTICAS DO AMOR DE DEUS
1. Seu amor é eterno. "Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí". Jeremias 31:3. Aqui o segredo da atração do pecador a Deus é explicado. Ele atrai porque Ele ama. "Bem-aventurado aquele a quem escolhes, e fazes chegar a ti". Salmo 65:4. O amor que nos comprou, também nos procurou, e trouxe-nos a um lugar de segurança, até mesmo ao Propiciatório... Jesus Cristo. Nunca houve tempo quando Deus não amasse Seu povo, e nunca haverá tal dia. Ele nos amou tanto antes de sermos salvos quanto após sermos salvos, "em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". Romanos 5:8.
2. Deus é imutável. Deus não muda nem pode haver mudança em Seu amor. "Como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim". João 13:1. O amor de Deus por Seu povo não teve princípio e, bendito seja Seu nome, ele jamais terá fim. É como o próprio Deus, de eternidade a eternidade. O argumento principal de Paulo pela segurança do salvo é que nada pode nos separar do amor de Deus... nada na sepultura do passado, nada nos perigos do presente nem nada no ventre do futuro. O amor de Deus não é sujeito a mudança.
O amor de Deus não varia, nem conhece final; donde corre, sempre corria, do trono manancial.
3. O amor de Deus é soberano. Isto é auto-evidente. Deus é soberano, consultando Seu próprio prazer majestoso, e operando todas as coisas conforme o conselho de Sua vontade. Portanto, segue-se que Seu amor é soberano. Ele, por Si mesmo, escolhe os objetos de Seu amor. Se ama a Jacó e odeia a Esaú, quem O critica? Se ama o pecador caído e odeia o anjo caído, quem interrogará o Seu direito de agir de tal maneira? Se é verdade que Ele "compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer". Romanos 9:18. "Quem és tu, que a Deus replicas"? Romanos 9:20.
Nada há no pecador que faça Deus amá-lo; ninguém pode reivindicar o direito do amor divino; Seu amor é soberano e de graça. O que existia no pecador que atraísse o coração de Deus? Absolutamente nada! A verdade é que tudo merecia Sua ira; tudo pelo que talvez me odiasse. O único motivo de Sua atração por nós foi Seu querer, Seu desejo.
4. O amor de Deus é eficaz. Isto é óbvio, pois é o amor do Todo-Poderoso. Grande é o significado de ser amado por Deus. Muitas vezes somos amados pelos que não podem nos ajudar. Eles não têm a capacidade de fazerem por nós o que desejariam fazer. Tal amor é insuficiente pela falta de poder para torná-lo eficaz. Dario amava a Daniel, mas não tinha o poder para salva-lo. Mas nós somos amados pelo Todo-Poderoso, a quem nada é difícil. Os objetos do amor de Deus são eternamente seguros. Aquele que se assegura do amor de Deus, assegura-se também duma morada celestial.
A pergunta fundamental é esta: Como posso saber se Deus me ama? Como posso estar certo de que tudo opera para o meu bem? A resposta: Certifique-se de que ama a Deus. Meu amor por Deus evidencia o Seu amor por mim. "Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro". 1 João 4:19. Seu amor em nós criou nosso amor por Ele. "O amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus". João 4:7.
MANIFESTAÇÕES DO AMOR DE DEUS
Deus é amor e Ele manifesta o que Ele é. Não existem atributos divinos vãos em Deus. Não há tal coisa como amor secreto. O amor se mostra exteriormente, quer seja de Deus, quer seja do homem. O amor é um princípio ativo e vivo da vida.
1. O amor de Deus pelo pecador manifestou-se na dádiva de Seu Filho. O amor doa. O amor dá de que tem de melhor. Deus amou de tal maneira que deu Seu Filho unigênito. Cristo amou à igreja de tal maneira que deu-Se a Si mesmo por ela. Efésios 5:25 . O Bom Pastor dá a Sua vida pelas Suas ovelhas. João 10:11. Como um judeu típico, Nicodemos pensava que Deus amava somente aos judeus, mas nosso Senhor lhe disse que Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê (judeu ou gentio) não pereça, mas tenha a vida eterna. Até serem ensinados de outra maneira, os próprios apóstolos de Cristo pensavam que o rebanho estava entre os judeus, mas o Senhor os corrigiu dizendo: "E dou minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor". João 10:15-16. As ovelhas para os judeus estavam num rebanho, uma circunscrição cerimonial que os distinguia dos gentios. As ovelhas para os gentios não tinham sido sujeitas às leis cerimoniais. Ao salvar as ovelhas entre os judeus, Cristo as tirou do rebanho (judaísmo), e as fez um com as ovelhas entre os gentios que ouviram Sua voz, havendo assim somente um rebanho e um Pastor. Todo o povo de Deus é um em Cristo, pois, "não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus". Gálatas 3:28. Isto não ensina que não existe esferas diferentes no serviço de Deus, mas antes que todos são salvos por uma salvação comum.
2. O amor de Deus é manifesto no novo nascimento. Por natureza somos filhos da ira; mas por um nascimento sobrenatural nos tornamos filhos de Deus. "Não são os filhos da carne que são filhos de Deus". Romanos 9:8. João diz: "Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus". 1 João 3:1. Não somos apenas chamado filhos, mas somos feito filhos de Deus pelo novo nascimento. Somos filhos dum chamado divino: o chamado eficaz que vem com o novo nascimento.
3. O amor de Deus é manifesto na disciplina. A disciplina é uma expressão e prova de amor. "Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho". Hebreus 12:6. Aqui está a prova de que nenhum filho de Deus é perfeito. Todos precisam de açoite. A palavra corrigir significa; treinar um filho, criá-lo, e a palavra açoitar significa surrar. Os filhos necessitam de treino e açoites, e o amor de Deus nos dará o que necessitamos. A correção vem da mão amorosa dum Pai sábio: a condenação vem dos lábios retos dum Juiz santo e justo. Quando os santos são confrontados por causa do pecado, eles são corrigidos por um Senhor para não serem depois condenados com o mundo. 1 Coríntios 11:32. A correção não é prazerosa, mas é proveitosa; ela multiplica os frutos de retidão e nos faz participar da Sua santidade. Hebreus 12:10-11.
VÁRIOS ASPECTOS DO AMOR DE DEUS
Alguns teólogos falam de vários tipos de amor divino, mas preferimos pensar de um princípio divino com várias emoções, de acordo com o objeto que há de receber Seu amor. Apreciamos o que Dr. Kerfoot tem a dizer sobre este assunto:
"Se o objeto do amor é amável, então a emoção de amor é complacência. Se o objeto precisa de bondade ou beneficência, a emoção é benevolência. Se o objeto encontra-se em estado de angústia, a emoção é de compaixão ou piedade, etc. Do mesmo modo que o princípio fundamental do fogo é o mesmo seja qual for a matéria consumida, assim o amor divino sempre se baseia no mesmo princípio".
1. Quando o amor de Deus atua sobre Si mesmo ou sobre criaturas inocentes, este é um amor de complacência. É este o aspecto de Seu amor para com Seu Filho em quem Se compraz, e em quem sempre se deleita. Seu amor pelos anjos é do mesmo tipo, um amor de complacência e deleite.
2. Quando o amor de Deus é para com o pecador, como objeto que precisa de misericórdia, então é manifesto em forma de piedade e compaixão. Os santos eram por natureza filhos da ira, mas Deus que é rico em misericórdia, por causa de Seu amor para conosco, nos vivificou juntamente com Cristo. Efésios 2:3-5. Em misericórdia Ele desperta o pecador morto para a vida, e esta maravilhosa misericórdia é resultante de Seu grande amor. O grande amor pelos pecadores resulta em misericórdia e graça abundante. Uma prostituta suja, embriagada que enchia o ar com gritos e palavras obscenas, era arrastada pela rua por dois policiais. De repente uma linda senhorita bem vestida saiu e a beijou. Num momento de lúcido espanto, a vil criatura perguntou estupefata: "Por que me beijou?" "Por amor", respondeu a jovem. Será tal exemplo de amor uma surpresa? Então lembre-se que a distância moral entre Deus e o pecador é muito além desta; mas Ele ainda curva-Se para dar o beijo da reconciliação.
Que grande amigo é meu Jesus. Tão santo, bom e terno! Sem outro igual, é o Seu poder e o seu amor supremo. Para esta ovelha sem vigor, olhou com simpatia; e sua tão bondosa mão, serviu-me então de guia. 

Autor: C. D. Cole
Revisão 2004: David A Zuhars Jr
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 

O SILÊNCIO DE DEUS


O SILÊNCIO DE DEUS

"Até quando, ó verdadeiro e santo dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram". Apocalipse 6:10-11.
"Virá o nosso Deus, e não se calará; um fogo se irá consumindo diante dele, e haverá grande tormenta ao redor dele". Salmo 50:3.
A primeira das passagens acima nos dá o clamor das almas mártires que João viu debaixo do altar do templo celestial. Seus apelos são para justiça contra os seus assassinos. Aqui temos prova de que a alma não existe numa forma inconsciente durante o período intermediário. Estas almas estão conscientes. Elas clamam pelo julgamento da terra.
Em resposta aos seus clamores, eles recebem vestes brancas; sinal de que seus clamores pelo julgamento dos ímpios são justificados. Enquanto vivo, o santo deve orar pelos seus inimigos, mas após a morte ele ora contra seus inimigos. Estas almas mártires são avisadas que devem esperar pelas outras almas que serão mortas pela causa de Cristo. Tudo isto indica que esta dispensação de misericórdia findará em cruel perseguição dos filhos de Deus. Parece que os dias de martírio estão tanto no futuro quanto foram no passado para os santos. E ninguém sabe quando será chamado para confirmar sua fé com seu próprio sangue. Quem sabe se num futuro breve veremos algum decreto do governo que nos provará para ver se obedeceremos a Deus ou ao homem?
O próximo trecho é seqüência deste. Veremos nele o tempo quando o clamor dos mártires será ouvido e a vingança será executada. Nosso Deus virá, e não permanecerá em silêncio; um fogo devorador virá diante dEle e haverá tempestade em seu redor. O trecho fala do tempo quando a longanimidade de Deus findará, e Cristo vem com julgamento, mesmo em chama ardente, vingando-se dos que não conhecem a Deus e não obedecem ao evangelho. 2 Tessalonicenses 1:8.
O PROBLEMA DUM DEUS SILENCIOSO
Queremos significar com o termo, "silêncio de Deus", que Deus não está Se manifestando publica e abertamente como fez em outros tempos. Isto é, Ele não está operando milagres em público como antigamente. O dicionário diz que milagre é um acontecimento que não pode ser atribuído às forças da natureza, sendo, portanto, atribuído à força sobrenatural. E nós indicamos com o termo milagre público, em milagre que prova sem sombra de dúvida a existência de Deus. Robert Anderson diz que desde os tempos apostólicos não houve milagre público que provasse a existência de Deus. Um céu silencioso é o maior mistério de nossa existência. Um céu em silêncio é a maior prova à fé dum santo. O ateu não crê na possibilidade de milagres, pois ele não crê na existência dum Deus pessoal e poderoso. O problema do crente é a ausência de milagres. Como crente num Deus pessoal, poderoso, e que ama, ele não entende porque os milagres não são comuns em nossos dias.
Se existe um Deus, porque Ele permite as coisas serem como as vemos hoje? Por que Ele não se ergue e põe abaixo o erro e a rebelião desta terra? Por que Ele permite que os ímpios oprimam aos justos? Se há um Deus Todo-Poderoso, por que Ele não age? São estes os clamores de mães que vêem seus filhos na miséria das guerras. Como pode um Deus bondoso e poderoso ficar em silêncio diante de tal desprezo dos inimigos e do clamor de Seus filhos? Se há um Deus Todo-Poderoso e pessoal por que sofrem os justos, ao passo que os perversos prosperam? Em face destas questões é que os ímpios estabelecem suas vidas e os crentes enchem-se de frustração e perplexidade.
Nos dias de Moisés Deus estava abertamente operando milagres de maneira que mesmo os perversos mágicos egípcios tinham que confessar: "Isto é o dedo de Deus". Êxodo 8:19. E nos dias do ministério de Cristo aqui na terra, os milagres eram comuns e nem sequer eram questionados pelos Seus adversários. Seus milagres O fizeram famoso, mas não ganharam nenhum verdadeiro adepto. Em João 2:23 lemos que "estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos vendo os sinais que fazia, creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem". Os que confiavam pelos sinais que viam não eram de confiança.
Os milagres continuaram através dos dias dos apóstolos, mas tornavam-se mais raros ao fim da era apostólica. O dom de milagres foi divinamente entregue e distribuído entre os membros das primeiras igrejas.
A AUSÊNCIA DE MILAGRES PÚBLICOS HOJE
É óbvio que não temos os milagres públicos hoje, pelo menos não da mesma inconfundível maneira como em outros tempos. Sei que hoje alguns dizem ter a capacidade de operar milagres de cura e de falar em línguas (geralmente seus limites são estes dois), mas algo está tão manifestadamente faltando nestes seus ditos milagres que encontramos logo muita desconfiança. E quando investigados há lugar para interrogação, que não era o caso nos dias de Cristo e dos apóstolos.
Há um problema com o silêncio de Deus. Quando Pedro encontrava-se na prisão esperando a morte, Deus mandou um anjo para livrá-lo. E Paulo foi milagrosamente libertado em Filipos. Mas desde estes tempos milhões de santos já foram martirizados, e seus clamores pelo livramento não foram ouvidos até o momento presente. Os céus acima são como metal que reflete os pedidos.
Nos dias da escravidão de Israel, Faraó disse: "Quem é este Senhor a quem ouvirei"? Deus aceitou o desafio desta monarca soberba e demonstrou Seu poder de maneira terrível; mas nos dias presentes os homens desafiam a Deus e até mesmo ridicularizam a idéia dum Deus pessoal; e os céus nada dizem. Carlos Smith e outros ateus teóricos quase desgastaram todas as palavras más condenando a religião, negando a Deus, e empilhando os abusos contra a Bíblia; e a todos estes ataques, Deus continua em silêncio.
EXPLICAÇÃO DO SILÊNCIO DIVINO
O silêncio de Deus, diante de Seus desafiadores que O querem combater, pode ser explicado. O silêncio de Deus aos Seus filhos suplicantes tem explicação. Qual é a explicação?
RESPOSTAS NEGATIVAS
1. Não é por falta de poder que Deus permanece no silêncio. Ele nunca se encontra incapacitado diante da oposição. Não há crise com Deus. "O que a sua alma quiser, isso fará". Jó 23:13. Ele pode livrar Seus filhos de todos os perigos. Com fé podemos cantar:
2. Não é por falta de interesse. O Pai celestial é o mais sábio e o melhor dentre os pais. Ele nunca comete erro no cuidar de Seus filhos.
Recebemos a ordem de colocar todos os nossos cuidados sobre Ele, sendo que Ele cuida de nós. Quando clamamos a Ele em nossas angústias, e Ele não responde como queremos que Ele responda, não pense que Ele não se importa. É por causa de Seu cuidado por nós que muitas vezes não recebemos o que pedimos. Ele é mais sábio do que nós em nossos pedidos. É o nosso amor e interesse em nossos filhos que nos fazem negar certos pedidos. Quando estamos doentes e pedimos que Deus nos cure, e isto não acontece, fiquemos certos que é melhor estarmos doentes. Deus nos ensina certas coisas na cama da enfermidade que de outra maneira jamais aprenderíamos. Algumas lições são melhores aprendidas com enfermidades do que com saúde. A Bíblia é um livro mais doce no quarto do doente que na oficina. Se orarmos pelo nosso livramento dos nossos inimigos, e Ele não livra, é para que o ouçamos Ele dizer: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é reino dos céus". A maior honra que a perversidade pode prestar à justiça é persegui-la. É dom de Deus podermos sofrer pelo Seu nome. Spurgeon escreve: "Não por nenhuma falta pessoal, mas simplesmente por causa do caráter temente a Deus, que os Daniéis de Deus são desprezados: mas são abençoados pelo que parece ser uma maldição".
3. Não é por falta de conhecimento da parte de Deus. A onisciência de Deus é uma das verdades mais preciosas ao crente. Um dos mais belos salmos de Davi é o Salmo 139:1-3, onde é celebrada a onisciência de Deus: "Senhor, tu me sondas, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos". Eis aqui uma ótima prova para minha espiritualidade. Será que me alegro no fato de que Deus conhece tudo ao meu respeito? É bom saber que Deus sabe do nosso desprezo e de nossa luta contra o mal. Ele sabe que Seu povo tem fome e sede de justiça, e Ele prometeu encher os Seus com retidão e justiça. Certamente Ele nos encherá de justiça, pois foi Ele que provocou em nós tal sede. Um dia todo santo será perfeito como deseja ser.
4. O silêncio de Deus não indica Sua ausência no trono. Deus ainda está no trono. Ele ainda opera todas as coisas segundo o conselho de Sua vontade. Mas Ele não está ainda governando abertamente diante do público. Ele está por detrás do palco dirigindo o drama da história humana. Seu reino é secreto e não público. Ele governa por intermédio da providência e esta é misteriosa. Seus julgamentos são insondáveis e além da nossa compreensão. Romanos 11:33. O dedo de Deus está operando no dia de hoje, mas o mundo não vê. Ele está operando milagre no presente século, mas não de forma pública.
5. O silêncio de Deus não é por falta de fé por parte do Seu povo. Este não é o motivo para a ausência de milagres ao público nos dias atuais. Muitas vezes ouvimos dizer que se o povo de Deus tivesse hoje a fé de Pedro e de Paulo, veríamos também milagres públicos. Não cremos nisto. Não estamos argumentando que temos a fé que devemos ter, mas este não é o motivo para a falta de milagres. Os milagres foram objetos de testemunho a Israel como uma nação, e quando o Evangelho passou dos judeus para os gentios os milagres cessaram. Os milagres tinham como propósito confirmar a Jesus como o Messias. Os milagres eram a carteira de identidade de Cristo. Mencionaremos um caso como ilustração: Um dia um leproso veio ao Senhor e o louvou dizendo: "Se queres, bem podes limpar-me". O Senhor o curou com um toque, e advertiu que não dissesse a ninguém, mas que fosse ao sacerdote para ser pronunciado limpo. Marcos 1:44. Desta maneira ele estaria testificando, pelo sacerdócio, que havia um dentre eles que podia curar a lepra, sendo portanto o sacerdote. Mesmo com todos os milagres que testificavam da presença do Messias, a nação rejeitou o Cristo (o Messias) no Seu ministério pessoal e no ministério de Seus apóstolos: e assim cessaram-se os milagres.
RESPOSTAS À QUESTÃO DE MANEIRA POSITIVA
1. A natureza ou tipo de obra divina no século presente não requer milagres. Se fossem necessários, fique certo de que os teríamos. Ele é tão capaz de operar milagres nos dias de hoje quanto era nos dias dos apóstolos. Este é o dia de salvação, e os milagres não são necessários à fé. Isto é, milagres públicos, como o homem rico queria que fossem operados. Quando levantou os olhos do Hades e viu a Abraão rogou que mandasse Lázaro levantar-se dos mortos para pregar aos seus cinco irmãos que ainda viviam num mundo de incredulidade. Ele contendia que se alguém se levantasse dentre os mortos eles se arrependeriam. Mas a resposta foi que se eles recusavam a mensagem de Moisés e dos profetas... se não acreditavam na Palavra de Deus? não seriam convencidos da verdade ainda que alguém se levantasse dos mortos. Lucas 16:27-3. A fé vem pelo ouvir, e ouvir pela palavra de Deus. Romanos 10:17. Os milagres não são necessários para se haver fé. Uma certa senhora, que acreditava em muitas teorias contrárias às Escrituras, vendo a firmeza de D. F. Sebastian, grande homem de Deus, tentando convencê-lo disse: "Se pudesses ver o que já vi, crerias da mesma maneira que eu creio". Este homem perspicaz e grande servo de Deus, prontamente respondeu: "Se pudesses ouvir o que já ouvi, crerias como eu creio".
2. Os milagres não são necessários para provar o amor de Deus pelos pecadores. Não temos direito algum de pedir milagres de Deus como prova de Seu amor para conosco. Mesmo assim tal pedido seria prova de nossa incredulidade. Temos Sua Palavra de que Ele ama aos pecadores, e se tomarmos o lugar de pecador e confiarmos no Salvador que Ele providenciou, teremos certeza de que Ele nos ama. Deus já provou com grande evidência o Seu amor para com os pecadores na dádiva de Seu Filho para morrer por eles, e se Ele operasse um milagre para provar o mesmo, isto seria prêmio para a incredulidade. Os milagres nunca salvaram ninguém, mesmo nos dias quando eram comuns. Judas viveu com Cristo e viu a maioria de Seus milagres, porém, não foi salvo. Onde a maioria de Suas grandes obras foi feito, o povo era repreendido pela sua incredulidade. Está escrito concernente ao povo de Jerusalém: "E, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele". João 12:37.
3. Os sinais ou milagres públicos, geralmente são associados ao julgamento. Os sinais do Egito foram milagres de julgamento. E os grandes sinais vindouros serão associados com o julgamento da terra. Quando Deus estiver pronto para julgar este mundo perverso, Ele começará a operar milagrosamente. O dedo de Deus será novamente visto sobre a terra. "Nosso Deus virá e não permanecerá em silêncio". Ele se manifesta agora aos Seus, eles vêem Sua mão milagrosa em seus a fazeres, mas Deus se esconde dos incrédulos. Sua Palavra satisfaz aos Seus filhos e Ele não pretende satisfazer à curiosidade néscia dos incrédulos através de milagres.
4. A Bíblia revela que haverá sinais ou milagres públicos nos últimos dias desta dispensação, mas serão do diabo e não de Deus. Nosso Senhor, falando sobre os sinais de Sua vinda, disse que falsos cristos e falsos profetas levantar-se-iam e mostrariam grandes sinais e maravilhas: de maneira que se fosse possível, até os eleitos seriam enganados. Mateus 29:24. A palavra "sinal" na passagem é a mesma que geralmente traduz-se como milagre. Em Apocalipse 13 lemos que o falso profeta fará grandes prodígios e maravilhas, e que ele fará descer fogo do céu sobre a terra à vista dos homens, e enganará aos que vivem sobre a terra por estes sinais. Em 2 Tessalonicenses 2:9, lemos que a vinda do "homem do pecado" será após as obras satânicas de poder e sinais (milagres) e de maravilhas mentirosas. Se alguém está atualmente operando milagres, tal dom é de Satanás e não de Deus, e é sinal do fim dos tempos.
Há um clamor no dia de hoje no setor religioso pelo miraculoso, o sensacional e o espetacular. Isto é porque o povo está cansado da Palavra de Deus. O povo que busca milagres como sinal ou prova do favor e da presença de Deus estão se colocando em boa posição para ser enganado. O que é sobrenatural não é necessariamente divino.
ESTE NÃO É O DIA DE JULGAMENTO
Este é o dia da salvação e não de julgamento. Este é o dia da paciência de Deus. A única pessoa com direito de julgar é Cristo, e Ele está sobre o trono da graça, em amor e graça, enquanto espera o fim dos tempos. Quando Ele romper novamente o silêncio, será com palavras de ira, e serão derramados os julgamentos que cobrirão o mundo. "Nosso Deus virá e não permanecerá em silêncio". Ele hoje Se encontra silencioso, neste dia da graça, quanto à Sua manifestação pública, mas breve vem o dia quando falará em Sua ira aos Seus inimigos para serem Seu pedestal. Ele já falou Sua última palavra de desprazer. Salmo 2.
UM CÉU SILENCIOSO!
Sim, mas este não é o silêncio dum Deus fraco e vencido. Um céu silencioso! Certamente, mas não é o silêncio dum Pai calado e indiferente. Um céu silencioso! Certamente, mas não o silêncio dum Pai que esquece os Seus filhos. É um silêncio que prova e promete que para o mais vil pecador ainda o caminho para o céu está aberto. É a segurança de que ainda vivemos no dia da salvação. Quando o crente esmorece e o ímpio se revolta, e homens pedem a Deus que Ele rompa o silêncio e mostre Sua mão sobre a terra, pouco sabem o que isto implica. Isto significará o fim da misericórdia; significará o fim do reino da graça; significará o fim do dia da misericórdia; será o fechar da porta da arca da salvação; significará o romper do dia da ira? o dia da revelação do justo julgamento de Deus.
"Conhecendo o terror do Senhor", como Paulo, persuadimos aos homens. Porque existe ira, avisamos aos homens para que escapem da ira vindoura. Sabendo que não há outro nome pelo qual somos salvos, rogamos que os homens confiem no Senhor Jesus Cristo.
Deus nos falou pelo Seu Filho. Temos a mensagem de Seu Filho na Bíblia. Ela nos diz que vida eterna está em Jesus Cristo. Ela nos diz que o Filho foi punido para que o pecador não perecesse. Despreze esta mensagem, rejeite o Filho, e quando Deus falar novamente, ouvirá Sua voz em tom de julgamento.

Autor: C. D. Cole
Revisão 2004: David A Zuhars Jr
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 


UM ESTUDO SISTEMÁTICO DE DOUTRINA BÍBLICA

UM ESTUDO SISTEMÁTICO DE DOUTRINA BÍBLICA

A VONTADE DE DEUS

A vontade de Deus aqui se usa para abarcar o seguinte: (1) A faculdade de Deus auto-determinar-se e escolher. (2) A preferência inerente de Deus. (3) O propósito e plano de Deus.
I. QUALIDADES DA VONTADE DE DEUS
1. LIBERDADE.
Liberdade da vontade, quer de Deus, anjos ou homens, significa que a vontade não está constrangida por qualquer coisa fora da natureza do ser que a possui. Mas não quer dizer que a vontade pode agir independente do ou contrário ao caráter desse ser. Na operação da vontade temos simplesmente um ser moral preferindo, escolhendo e determinando cursos de ação em vista de motivos. Os motivos influenciam, mas não constrangem a vontade. A energia relativa dos motivos é determinada pelo caráter. A vontade jamais está sujeita ao capricho ou à arbitrariedade.
2. FORÇA.
Falamos de alguns homens a quem falta força de vontade. Por isto queremos significar que lhes falta a força de vontade para quererem o que deveriam querer. Isto resulta da perversidade do caráter ou da natureza do homem através do pecado. Mas não há falta de força em Deus para querer o que Ele deveria querer. O Seu caráter é perfeitamente santo. Conseqüentemente, Deus sempre quer aquilo que é perfeitamente santo, justo e bom.
II. FASES DA VONTADE DE DEUS
1. VONTADE OU PROPÓSITO DE Deus.
Deus propôs ou decretou tudo que se tem passado e tudo que ainda terá de passar. Salmos 135:6; Isaías 46:10; Daniel. 4:35; Atos 2:23; 4:27,28; 13:48; Romanos 8:29,30; 9:15-18; Efésios 1:11. Estas passagens mostram que Deus é um soberano absoluto ao dirigir todos os negócios deste mundo e ao distribuir a graça salvadora. Sua vontade de propósito inclui tanto o mal como o bem, tanto o pecado como a justiça e é sempre executada perfeitamente. Mas são necessárias as seguintes subdivisões da vontade e do propósito de Deus.
(1). O Propósito Positivo de Deus.
Deus é a causa ativa e positiva de todo o bem. Tudo que é bom é o resultado da operação eficiente do poder de Deus, quer diretamente ou por meio de Suas criaturas. É a esta subdivisão da vontade e do propósito de Deus que se aplica Filipenses 2:13, que nos diz: "É Deus que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade".
(2). O Propósito Permissivo de Deus.
Deus não é a causa do mal; mas, por razões justas, santas e sábias, só por Ele inteiramente conhecidas, Ele decretou permitir aquele mal que vem a acontecer, dominando-o para Sua própria glória. É à vontade permissiva de Deus que se refere a Escritura, quando diz: "seguramente a ira do homem Te louvará e o remanescente da ira Tu o restringirás" (Salmos 76:10). Esta passagem frisa que Deus restringe os homens de fazerem mais pecados do que Ele se apraz dominar para Sua glória; portanto, Ele lhes permite cometerem tal pecado como o que cometem. Ele podia guardar os homens de todo o pecado tão facilmente como Ele os detém no lugar apontado. Não podemos dar razão porque Deus permite o pecado que satisfará a mente carnal, mas o fato que Ele o faz é abundantemente claro; e, desde que Deus sempre faz o bem, sabemos que é direito para Ele permitir semelhante pecado como o que se vem a passar.
Em Atos 2:23 e 4:27,28 temos uma clara afirmação que a crucificação de Cristo foi parte da vontade propositante ou decretante de Deus. Mas sabemos que Deus não fez os crucificadores fazerem eficientemente o que eles fizeram, que tal tornaria Deus responsável pela morte de Cristo: Deus meramente retirou o Seu poder restritivo e permitiu aos crucificadores proceder segundo os seus próprios desejos maus. Isso é tudo que Deus tem a fazer para alcançar o perpetramento de qualquer pecado que lhe apraz dominar para Sua glória. O homem cometerá qualquer pecado que Deus lhe permitir cometer.
O endurecimento do coração de Faraó, segundo Êxodo pormenoriza, e fazer vasos para desonra (Romanos 9:31) são para ser entendidos como vindos sob o propósito permissivo de Deus.
As seguintes citações podem ajudar a exemplificar a relação de Deus com o pecado. "Que o pecado procede dos homens mesmos; que, pecando, eles realizam esta ou aquela ação, é de Deus, que divide as trevas segundo o Seu prazer" (Agostinho). "Deus não é a força causadora, mas a força dirigente nos pecados do homem. Os homens estão em rebelião contra Deus, mas não estão fora de sob o Seu controle. Os decretos de Deus não são a causa necessitante dos pecados do homem, mas os limites e as diretrizes predeterminados e prescritos aos atos pecaminosos dos homens" (C. D. Cole, Baptist Examiner, March. 1, 1932). "Os desejos do pecado são os desejos do homem; o homem é culpado; o homem é para ser acusado, mas o Deus onisciente impede esses desejos de produzirem ações indiscriminadamente, Ele compele esses desejos a tomarem um certo curso divinamente estreitado. As enchentes da iniqüidade são do coração dos homens, mas não lhes é concedido cobrirem a terra: são trancadas pelo apontamento soberano de Deus no Seu canal e assim são os homens desapercebidamente contidos em represas, de modo que nem um jota do propósito de Deus cairá. Ele traz as torrentes dos ímpios ao canal de Sua providência a moverem o moinho do Seu propósito" (P. W. Hedward).
2. A VONTADE DE PRECEITO DE DEUS.
Faz-se clara distinção em Deuteronômio 29:29 entre a vontade de propósito de Deus e Sua vontade de preceito. Diz esta passagem: "As coisas secretas pertencem a Jeová nosso Deus, mas as que estão reveladas pertencem-nos e aos nossos filhos, para que façamos todas as palavras desta Lei". "As coisas secretas" têm referência à vontade decretante de Deus ou Sua vontade de propósito". "As coisas que estão reveladas" têm referência à vontade preceptiva de Deus ou Sua vontade de mando.
A vontade preceptiva de Deus difere da Sua vontade de propósito em esta abarcar tanto o mal como o bem, ao passo que a vontade preceptiva abarca só aquilo que é bom em si mesmo. Uma outra diferença entre estas duas fases da vontade de Deus está no fato que a vontade propositiva de Deus é executada sempre, enquanto que a sua vontade preceptiva se cumpre muito imperfeitamente na terra. A vontade preceptiva de Deus fixa a responsabilidade do homem; a propositiva nada tem a ver com essa responsabilidade.
3. VONTADE PRAZENTEIRA DE DEUS.
A referência aqui é ao prazer e desprazer nas coisas em si mesmas consideradas em contraste com coisas consideradas como um todo. Considerado em si mesmo, Deus nunca se agradou do pecado. Considerada em si mesma, Deus está sempre agradado com a verdadeira justiça; mas, em vista de coisas como um todo, Ele não decretou que todos os homens virão à justiça.
Não suponha ninguém que aqui se quis dizer que Deus teria algumas coisas a acontecer que Ele não pode fazer que aconteçam; ou que Ele impediria que acontecessem algumas coisas que Ele não pode impedir. Deus sempre executa o que Ele quer executar, mas, ao fazê-lo, Ele usa aquilo que em Si mesmo não é uma coisa agradável a Ele. Tal como um pai, tomando gosto no devido treino de um filho, muitas vezes castiga o filho, não obstante o fato que o castigo em si mesmo não proporciona prazer ao pai.
O prazer de Deus em coisas como um todo sempre se realiza. "O nosso Deus está nos céus; Ele fez tudo o que Lhe aprouve" (Salmos 115:3). "O que quer que a Jeová agradou, isso Ele fez, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos" (Salmos 135:6). "Declarando o fim desde o princípio e desde os velhos tempos as coisas ainda não feitas; dizendo: O meu conselho ficará firme e farei toda a minha vontade" (Isaías 46:10).
É na base da fase da vontade de Deus agora sob consideração que Ezequiel 33:11 se explica e se entende (Talvez devamos entender 2 Pedro 3:9 da mesma maneira, mas não 1 Timóteo 2:4. Vide a Versão Revista de 2 Pedro 3:9 e exposição em "An Americam Commentary on the New Testament". Em 1 Timóteo 2:4 "todos" alude a todas as classes. Vide exposição do v. 6 no capítulo sobre expiação). Contudo, a morte aqui mencionada não é a morte espiritual, mas a morte física no assédio babilônico; mas a relação da declaração com a vontade de Deus é a mesma. Em si mesmo considerada, a ruína dos israelitas no sitio babilônico não foi coisa agradável a Deus; mas, considerada em conexão com as coisas como um todo, Deus decretará permitir a morte de muitos deles.
A salvação dos homens é em si mesma coisa agradável a Deus como se evidencia pelo Seu mandamento que todos os homens se arrependam (Atos 17:30); mas Deus não decretou ou propôs que todos se salvassem.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 


Pastor da Assembleia de Deus afirma que casamento gay foi a causa do dilúvio e critica movimento homossexual


Pastor da Assembleia de Deus afirma que casamento gay foi a causa do dilúvio e critica movimento homossexual
Um pastor de uma igreja Assembleia de Deus nos Estados Unidos declarou em entrevista a uma emissora de rádio que o casamento gay foi a causa do dilúvio.
Aaron Fruh, da AD em Knollwood, no estado do Alabama, comentava a onda de boicotes contra uma rede de fast food que declarou não apoiar o movimento homossexual. Na entrevista à emissora American Family, o pastor afirmou que “Deus sabia que as pessoas na Terra iam destruir-se através do casamento com o mesmo sexo e por isso, enviou o dilúvio”.
Segundo o pastor assembleiano, a prática homossexual e o casamento gay são as causas da destruição de diversas sociedades ao longo da história: “Encontre qualquer sociedade na história humana que já tentou essa experiência e sobreviveu para contar como foi. Todas elas foram destruídas”, argumentou.
A polêmica declaração do pastor repercutiu entre entidades de ativistas gays, que criticaram o pastor e sua postura, assim como a iniciativa da rede de fast food Chick-Fil-A.
A empresa pertence a Rick Santorum, político do Partido Democrata que disputou a indicação para concorrer na eleição presidencial contra Barack Obama. A rede conta com 1.600 restaurantes em todo o país, e lançou uma campanha a favor do “casamento bíblico”.
Redação Gospel+

Templo automático: “igreja de autoatendimento” para várias religiões é instalada na Inglaterra

Templo automático: “igreja de autoatendimento” para várias religiões é instalada na Inglaterra
Na cidade de Manchester, na Inglaterra, um projeto da Universidade local instalou um “templo automático”, local similar a uma cabine de fotografia onde as pessoas podem realizar suas orações.
O projeto é liderado pelo artista alemão Oliver Sturm, e sob o nome “Pray-o-Mat” oferece gratuitamente uma cabine de fotografia adaptada para os fiéis utilizarem como local de suas orações. A “igreja automática” tem 300 orações pré-gravadas em 65 línguas e, apesar de ser gratuita, tem um compartimento que recebe moedas e notas caso algum usuário queira fazer doações.
Segundo reportagem do “Daily Mail”, o equipamento é uma espécie de igreja de autoatendimento e está disponível para fiéis de várias religiões: cristãos, muçulmanos, budistas, hinduístas, judeus (incluindo os ortodoxos) e seguidores da cientologia, além de oferecer canções de devoção aborígine e até bênçãos vodus.
De acordo com o jornal O Globo, pesquisadores afirmam que “espaços ecumênicos do Reino Unido são ‘manifestações de tolerância e pluralismo’ em uma sociedade caracterizada pela fragmentação”.
Redação Gospel+

Campeonato de MMA na Igreja Renascer é destaque em site da Globo: “É melhor perder um pouco de sangue do que a vida para as drogas”, diz bispo

Campeonato de MMA na Igreja Renascer é destaque em site da Globo: “É melhor perder um pouco de sangue do que a vida para as drogas”, diz bispo
quarta edição do torneio de MMA (Mixed Martial Arts, em tradução livre para o português, Artes Marciais Mistas) promovido pela Igreja Renascer vem chamando a atenção pela estranheza que causa em muitas pessoas a promoção de um esporte considerado violento dentro de um templo evangélico.
O Reborn Strike Night, torneio que aconteceu nessa sexta feira, é organizado por uma equipe da denominação que atua com evangelismo através do esporte, e foi destaque no G1, onde foi ressaltada afirmação de um bispo da igreja que justificou o torneio dizendo que é melhor se perder um pouco de sangue do que a vida para as drogas.
- É preferível que um atleta perca um pouco de sangue no octógono (como é chamado o ringue das lutas de MMA) do que ele perder a vida para as drogas ou para a criminalidade – ressalta o bispo George Ramos, conhecido como bispo Gê.
Tendo como objetivo principal conquistar novos fiéis para a igreja, o torneio foi fortemente defendido por atletas e por líderes da denominação.
- Como se trata de um esporte de contato, isso assusta muitas pessoas em outras igrejas. No começo, na nossa também assustou. Mas tudo o que fazemos aqui é com temor a Deus – afirmou bispo Ramos em preleção aos 24 atletas, em sua maioria não evangélicos, como o lutador Marcelo Matias, 29 anos.
Matias é lutador profissional, e será uma das atrações principais do evento, que contará com 12 lutas, sendo apenas uma delas entre profissionais. Ele afirma que conhece de perto a igreja que promove o evento, mas ressalta que sua prioridade no torneio é conseguir visibilidade no esporte.
- Tenho interesse em conhecer, sim, mas quero mais visibilidade para lutar – afirma.
Membros da igreja que vão participar do torneio ressaltam não haver contradições em se aliar a fé com as lutas, mas afirmam que dentro do octógono o que importa é o esporte.
- Só entra ali quem está preparado. As outras coisas ficam de fora. Você pensar em superar o seu adversário. Não há contradição alguma nisso, pois é um evento para atrair fiéis para um caminho melhor – justifica o comerciante e lutador Felipe Gabriel, de 20 anos.
Além de membros da Renascer e de atletas não evangélicos, o torneio recebe também a participação de lutadores que frequentam outras denominações.
- Não há nenhuma contradição (em ser evangélica e praticar MMA). Porque eu pratico um esporte. Eu penso como esportista, não quero agredir por agredir. Não pode querer ser valentão na rua. Por isso que é um esporte que tem juiz, que tem regras. É uma combinação que funciona: esporte e a palavra de Deus – enfatiza o professor de jiu-jitsu Aloísio Figueiredo, de 29 anos e frequentador da igreja pentecostal Brasa Viva.
Líderes da denominação buscam em versículos bíblicos argumentos para justificar a realização do torneio de artes marciais dentro do templo.
- Um versículo da Bíblia diz ‘Me fiz de louco para ganhar os loucos’. É sobre Davi, que ao se deparar com mais uma morte, começou a babar. Nós usamos justamente esta estratégia para viabilizar a palavra de Deus – destaca o presbítero Baby.
Redação Gospel+

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