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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Polícia ameaça de prisão cristãos que tentaram evangelizar em praça pública

Polícia ameaça de prisão cristãos que tentaram evangelizar em praça pública
A prefeitura da cidade de Duluth, em Minnesota, Estados Unidos, proibiu cristãos locais de compartilharem o Evangelho num parque público, durante um evento anual.
Uma ocorrência foi registrada contra os governantes locais, e o advogado da Aliança Defesa da Liberdade, afirmou que “o governo não pode banir a Primeira Emenda em um parque público somente porque os oficiais do evento não gostam da mensagem que uma pessoa está compartilhando”, disse Jonathan Scruggs, referindo-se ao artigo da Constituição Federal norte-americana que garante a liberdade de fé e culto.
De acordo com o site Portas Abertas, Scruggs atua no caso ao lado de outra advogada, Nate Kellum, do Centro de Expressão Religiosa.
A polêmica se iniciou quando uma entidade sem fins lucrativos organizou o evento “Tour das Luzes de Bentleyville”, com o propósito de arrecadar alimentos e brinquedo para famílias necessitadas, e conseguiu da prefeitura o direito de administrar o parque durante os dias da exposição.
O pastor Steve Jankowski e outros três amigos foram ao parque, durante a exposição, para entregar folhetos com conteúdo evangelístico, mas foram impedidos por um policial, que pediu que eles se retirassem e fizessem a panfletagem do lado de fora, pois caso contrário, poderiam ser presos por invasão.
No vídeo realizado por um dos amigos do pastor, o policial afirmou que o local era considerado “propriedade privada” por estar sob administração da organização do evento.
Entretanto, o advogado afirmou que como não há cobrança de entradas para o evento e ele está sendo realizado em um local público, a prefeitura não poderia proibir a evangelização no local.
Com o registro da ocorrência, Scruggs diz que a prefeitura de Duluth está desobedecendo ordens diretas da Justiça: “A Corte ordenou que o governo da cidade respeite a Primeira Emenda, mas ele não está fazendo isso. Estamos pedindo que a Corte reforce sua ordem neste sentido. O governo desconsiderou tanto a ordem da Corte quanto o que a ordem buscar proteger: a liberdade constitucionalmente protegida dos cidadãos de se engajarem em discursos que não causem desordem em lugares públicos”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Pedido de Oração







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Um pouco de maconha, um pouco de oração



Bryan Davies se considera um cristão evangélico como tantos outros. Ele é o dono e gerente de uma empresa familiar que vende maconha legalizada e espalha sua visão de espiritualidade.

Com sua longa barba branca, ele pode ser visto por trás do balcão do Dispensário Canna Care, um dos mais antigos fornecedores de maconha medicinal de Sacramento, Califórnia. Também é conhecida por seu ativismo político junto à Câmara Municipal e ao governo do Estado.

Diferentemente de outras lojas que parecem povoadas por hippies e geeks, a Canna Care se destacam pela sua singular devoção de oferecer cannabis com Cristo.

Temendo a recente operação de repressão federal, que fechou centenas de dispensários na Califórnia, Bryan e sua esposa, Lanette, estão fazendo uma campanha nas rádios e no jornal local divulgando as “reuniões de oração” que ocorrem todas as noites em sua loja.

As pessoas que aparecem, geralmente em grupos pequenos, depois das 6 da tarde para se unir a eles em oração. Davies conta que seu estabelecimento comercializa cerca de 2 milhões de dólares por ano com maconha medicinal e distribui, em média, 3.000 Bíblias.

O modesto armazém fica ao lado de uma igreja e se classifica como uma entidade sem fins lucrativos, afirmando doar boa parte dos lucros para instituições de caridade da comunidade e grupos de defesa da maconha medicinal.

Aos 57 anos, Bryan conta que abriu o dispensário em 2005, mas nunca achou que poderia entrar para o comércio de maconha. Pelo contrário, ele disse que temeu ser Satanás o tentando quando um médico sugeriu que ele tentasse usar cannabis para lidar melhor com a doença óssea de que sofria. Diagnosticado com espondilite anquilosante, problema que gerou uma curvatura da coluna e causa dores intensas, ele teve de fechar seu negócio de lavagem de caminhão.

Enquanto se tratava, diz que teve a idéia de abrir um dispensário de maconha. Insiste que buscou o Senhor em oração e tem certeza que esta é a vontade divina.

Lanette, 55, lembra que não acreditou nesta visão. “Ele me dizia que Deus o estava direcionando para fazer isso”, conta. “Eu achava que ele era louco e durante algum tempo, continuou em seu emprego como analista de crédito”. “Sabia que alguém precisaria sustentar a família quando ele fosse para a cadeia.”

Tudo mudou quando a filha do casal, Brittany, foi diagnosticado, aos 15 anos, com uma doença óssea diferente, a osteomielite multifocal crônica recorrente, que causa lesões e inflamação dolorosas. Quando Lanette viu Brittany “tendo convulsões e implorando para morrer”, redeu-se ao diagnóstico médico que a maconha medicinal ajudaria sua filha.

Brittany, hoje com 22 anos, estuda na Cabrillo College, e continua lutando contra a doença, mas explica que a cannabis lhe ofereceu “uma nova forma de viver” e diz que seus conhecidos a usam para lidar com diabetes, HIV e hipertensão.

O filho do casal, Don, 26 anos, formado em bioquímica pela Universidade de Santa Cruz, trabalha como técnico na Canna Care, usando microscópios e telas de computador para analisar as folhas de maconha e garantir que eles estão livres de fungos.

Ao contrário de muitos que comercializam o produto, a família acredita que a planta cannabis seja um sacramento religioso. Eles consideram a maconha simplesmente como uma ajuda útil na cura de doenças. E afirmam que o local serve para eles darem testemunho de sua fé aos clientes.

Mesmo assim, Bryan reconhece que nem aceitam bem o ambiente religioso de seu dispensário. Ele já recebeu ameaças de “cristãos radicais”, mas isso não o abala.

A maioria das pessoas que entram em sua loja olham para a Bíblia aberta na entrada e um quadro com os 10 Mandamentos na parede, perto de uma placa que diz “Deus abençoe a todos, sem exceções”.

Alguns vêm especificamente procurá-lo, pois sabem de sua fé cristã. No ano passado, conta Bryan disse, um homem diagnosticado com câncer veio procurá-lo. Envergonhado, o homem afirmou que ia à igreja seguidamente e era fiel nos dízimos, mas não entendia por que iria morrer desta forma.

Bryan consolou o homem com argumentos que aquela era a vontade de Deus, mas ele poderia se tratar e tinha como ajuda a maconha, uma criação divina.

Cecil Smith, pastor da Igreja do Jubileu de Sacramento Valley, vizinha do Canna Care, disse que não vê nenhum problema em estar ao lado de um dispensário.

“Eu não sei o que a maconha faz”, disse Smith. “Mas eu sei o que Jesus faz. Jesus cura”.

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