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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A fé que vem de Deus

A Fé Que nos Vem de Deus
A fé não consiste apenas no assentimento da mente para com a verdade das promessas de Deus. Sem isto, não há fé. Mas isto por si só não é a fé da qual a Bíblia fala.
Esta fé de mero assentimento é a fé que Satanás e os demônios possuem, porque eles sabem e creem que Deus é fiel em cumprir tudo o que tem prometido. E isto lhes causa dor porque não podem deixar de acreditar nisto.
A verdadeira fé além de demandar o assentimento da mente, também exige o consentimento da vontade com toda a palavra revelada de Deus.
O tipo de confiança em Cristo que a fé verdadeira possui é confiança em qualquer circunstância, tendo ou não tendo, sendo honrado ou humilhado, na saúde ou na enfermidade, nas perseguições sofridas por causa da prática ao evangelho e obediência à vontade de Deus.
A fé verdadeira habitando na alma não gera obediência mecânica a Deus, mas por amor a Ele e à sua Palavra, no poder do Espírito Santo.
A fé que nos vem como dom de Deus é purificada e aumentada nas experiências que temos com a fidelidade, amor e poder de Deus em nós, nas tribulações e tentações que sofremos.
Esta fé ilumina a nossa mente e espírito para entendermos a Palavra de Deus.
A fé genuína nos leva a conhecermos a nossa pecaminosidade e a nossa necessidade da aceitação de Cristo para ser a nossa justiça, que é o único meio de sermos livrados da maldição, da condenação eterna e da ira de Deus.
Por tudo o que foi afirmado até este ponto, podemos concluir que a fé não pode ser produzida pela vontade do homem, e por isso é necessário recebê-la como um dom de Deus, que não somente dá a fé, como também a mantém, aumenta e prova para que seja refinada.
Esta fé que é dom de Deus é a única que nos habilita a recebermos a Cristo da forma pela qual convém ser recebido por nós, em todos os aspectos relacionados à nossa justificação, regeneração, santificação, comunhão e tudo o mais que temos por estarmos unidos a Ele pela fé.
Todavia, ainda que uma pequena fé nos habilite a receber a justificação e a regeneração, somente pelo aumento da fé em graus podemos fazer progresso na santificação e no aumento da nossa comunhão com Deus.
Este aumento da fé em graus se refere ao seu fortalecimento, e isto não é obtido por meio de esforço mental para crer na fidelidade de Deus em suas promessas, especialmente em circunstâncias difíceis, mas no fechamento com a vontade Deus, sem recuar ou praticar o que seja do Seu desagrado em toda e qualquer circunstância, por ter sido aperfeiçoado no conhecimento íntimo e pessoal com Jesus Cristo, experimentando de Sua presença fortificadora e consoladora em todas as situações da vida.

Os Maus Trabalhadores

Os Maus Trabalhadores
Uma breve parábola contada por Jesus no livro de Mateus 21:33-44, fala de alguns lavradores maus, que tentam se apoderar de maneira violenta da plantação de uvas que eles tinham arrendado. Desde o tempo do Antigo Testamento, a plantação de uvas representa a figura familiar do povo de Israel; o dono da plantação de uvas é o próprio Deus.
Se você leu o texto de Mateus 21:33-44, pôde ver, que o destino dos mensageiros do dono da plantação, ao irem encontrar os lavradores foi terrível, foram espancados e voltaram de mãos vazias, e esse foi o mesmo destino que tiveram muitos profetas. O destino que teve o filho do dono da plantação foi a morte, e Jesus quis mostrar que esse seria o mesmo destino Dele: a morte.
Jesus pergunta para as pessoas ao seu redor: Que lhes fara, pois, o dono da vinha quando vier aos lavradores? Responderam-lhe: Fará perecer horrivelmente a estes malvados e arrendará a vinha a outros lavradores que lhe remetam os frutos nos seus devidos tempos.
Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos.
Eu creio que esta parábola, retrata a rejeição do amado Filho de Deus, por Israel. Israel rejeita o Messias e o seu reino. Como resultado: o reino de Deus e seu poder são dados a outros; àqueles que aceitam o Evangelho quer judeus ou gentios. Este princípio continua em vigor. O reino e o seu poder serão tirados daqueles que deixam de permanecer fiéis a Cristo e que rejeitam os seus caminhos de justiça; em seu lugar receberão o reino aqueles que se separam do mundo e buscam em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça.
No vers. 44 lemos : Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços. A pedra àqueles que não aceitam a Jesus serão esmagados, e aqueles que caírem sob seu juízo serão aniquilados, onde Cristo é apresentado como pedra de tropeço e rocha de escândalo, onde o Messias é a rocha que esmaga os reinos do mundo na sua vinda.
Deus é o proprietário da vinha, os mensageiros são seus servos que semeiam a salvação, a bondade e a justiça de Deus, eles vem para recolher as uvas que é o simbolo do bem, os lavradores são os homens maus, que não querem receber os servos, e os tratam mal, os ferindo-os, rejeitando-os e muitas das vezes até os matando-os.
Devemos esta atento para esta parábola de Jesus, para não estarmos agindo como trabalhadores maus e em busca de nossos próprios interesses, relaxados, fazendo a obra de Deus de qualquer maneira, para quando nosso Senhor vier, possamos estar preparados para entregar em suas mãos o fruto do nosso trabalho aqui na Terra.
Bondade, Justiça e Verdade é que nosso Deus espera de nós e tudo isso esta em um só ato o “Amor”.
Deus te abençoe.

Por 

Crer ou sentir?

Crer ou Sentir?
Crer ou sentir?
Vivemos na era do cristão que dar mais importância ao que sente, do que ao que crê… Aliás, quem somente crê atualmente não está com nada, é “um sem fé”, pois a onda agora é sentir:
Senti no coração que devo fazer isso, senti de Deus que não devo fazer aquilo, senti um arrepio enorme quando fulano chegou perto de mim, senti isso, senti aquilo… E assim, passamos da era do viver pela fé, e passamos desde então, a viver pelo sentir!
Será se Jesus nos motiva a fazer isso? A viver dessa forma?
“Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crer no nome do unigênito Filho de Deus. João 3:15-16;18″;
“A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele creêm receberão o perdão dos pecados pelo seu nome – Atos 10:43
“Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido – Romanos 10:11″.
Experiência sobrenatural não deve ser motivação de um cristão a buscar intimidade com o Pai, pelo menos, é o que o penso, é o que vejo nas Escrituras! O Senhor Jesus não nos chamou a senti, e sim a crer, ter fé… Como está escrito em Romanos 1:17  – Porque Nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.
É bom quando somos privilegiados com os sentidos, quando temos experiências extraordinárias com o Senhor, mas, isso não deve ser o nosso alvo. Tomé ao saber que Jesus tinha ressuscitado não acreditou, ele preferiu ver, preferiu sentir o buraco nas mãos do nosso Mestre para poder crer! Nesse sentido, já somos bem-aventurados por crer, mesmo sem ter visto…
Jesus nos convida a todo momento a viver pela fé, a ser bem-aventurado, a crer mesmo sem ver, a crer mesmo sem sentir, a crer mesmo que as circunstâncias digam ao contrário… O cristão deve viver pela fé, e fé não é sentido é convicção:
“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos – Hebreus 11:1
Somos convidados através do Espírito Santo de Deus a prestar-lhe um culto racional, diariamente, constantemente, insensantemente, oferecendo a Cristo, o nosso corpo, como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; culto racional esse que não depende de hora, lugar, ritos, nem pessoas, mas simplesmente, de andar com Deus…
Somos mais íntimos de Deus, do nosso Criador, quando a todo instante em nossas vidinhas, somos gratos a Ele pelo seu amor, pela sua bondade, pela sua *graça e misericórdia. Gratidão essa que deve ter como consequência amor ao próximo, perdão ao próximo, disponibilidade ao próximo, não acusação ao próximo…
Ser íntimo de Deus ao meu ver, é ter consciência de que o Espírito Santo habita em nós, respeitando assim o nosso corpo, e deixando que o amor de Deus flua de nosso interior para tocar a vida daqueles que estão próximos de nós.
Querido, não se perturbe por não ter experiências sobrenaturais com Deus, pois, o que realmente importa é a permanência na fé pela qual será salvo: fé no Filho de Deus! A maior experiência que alguém pode ter, é ter a mente renovada pelo Espírito Santo, passando daí em diante, a confessar que Jesus é o Senhor…

“Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3.3)

“Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3.3)
O alvo de Deus na criação do homem é o de que este tenha comunhão amorosa com Ele.
Agora, como é possível haver comunhão de espíritos onde Deus quer uma coisa e o homem outra, em relação ao mesmo assunto?
O argumento liberalista aponta a importância de a vontade do homem ser respeitada por Deus, ainda que vá na contramão da Sua vontade divina.
Não é necessário muito esforço para entendermos que é justamente nisto que reside o pecado.
Não foi isto que Satanás e os anjos caídos fizeram e que foi a causa da sua queda?
Não foi isto que Adão e Eva fizeram no Éden, e que trouxe a maldição de Deus a toda a criação?
Pode haver paz na casa quando os seus habitantes andam em desacordo?
E é importante lembrar que dependemos inteiramente da graça de Deus para ter harmonia em nossos lares, porque podemos ficar à mercê do ataque de demônios que podem causar terríveis ruídos em nossas comunicações e indisposições em nossos corações para com aqueles aos quais amamos.
Ai de nós se não fossem repreendidos pelo poder de Cristo! Se não fosse por isto poderíamos estar permanentemente com nossos corações turbados e magoados.
Então importa estarmos em paz com Deus e sujeitos à Sua vontade, Palavra e poder, de modo que possamos contar não apenas com os Seus livramentos, mas sobretudo com o deleite da comunhão com Ele, que se estenderá a todos os Seus filhos.
Nunca devemos esquecer que temos um estado latente ruim em nossa alma, decaída no pecado, o velho homem do qual devemos nos despojar continuamente pela mortificação do pecado.
E como faremos isto sem o poder da graça de Cristo? Sem o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo?
Deus não deve estar apenas em nossa casa espiritual, a saber, no nosso corpo, que é templo do Espírito, mas deve deter o pleno governo sobre a mesma.
Este é o único modo de vivermos para a Sua exclusiva glória, e para o louvor da glória da Sua graça (Ef 1.6).
Importa caminhar com Deus, especialmente pela razão exposta pelo apóstolo em Gálatas 5.17:
“Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.” (Gál 5.17)

A Casa do Pai



Ele estava na Casa do Pai, mas desejou sair pra rua. No início era tudo belo, esplêndido e maravilhoso (entre aspas). Acontece que depois de um tempinho, ele sofreu muito lá fora ao passar por incontáveis humilhações, injustiças sociais, frio e até fome, o que angustiava deveras a sua alma.
“A Casa do Pai”, a “Casa do Pai”, o seu espírito o exprimia por dentro. Seu coração no entanto, orgulhoso, abafava os gemidos inexprimíveis de seu espírito. Resultado: mais sofrimento, amplitude de dor e tristeza. Para não morrer de fome teve que comer parte da comida dos porcos!… (eca)!!!
De repente, sua história está muito parecida com esta. Há dinheiro à vontade, prazeres, jogos, mulheres. Troca de carro todo início de mês; roupas de melhores grifs, etc. Bebidas e piadas não faltam na mesinha do bar. Contudo,a continuar assim, sua fome e sede espiritual nunca serão abastecidos.
Desculpe, não quero ofendê-lo, somente orientá-lo à luz da Palavra de Deus! falo com propriedade, pois um dia eu estava desorientado, mas resolvi ouvir conselhos de meus pastores para me reencontrar na vida!! Talvez você não vá passar fome, nem frio, nem humilhações como o filho pródigo desta parábola, talvez!… Outra coisa, porém você sabe: o vazio espiritual é muito depressivo, só o orgulho para disfarçar a tristeza com os “amigos” do álcool.
Neste lugar ai não tem comida espiritual, nem bebida espiritual, nem cobertura espiritual!!
Não é este o seu lugar, você sabe. Seu espírito diz: “isso não é vida pra mim”. Seja livre!
“Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Sl. 1:1).
No final, o filho pródigo já não passava de um trapo velho!! Não aguentando tanta opressão que somente o orgulho lhe oferecia, decidiu voltar para a casa de seu pai. Ao menos lá iria comer de verdade e teria até um colchão e roupa de frio. Ufa só isso já seria o melhor da vida dele. Mas, o seu Pai o surpreendeu com muito mais além daquilo que ele poderia imaginar! Afinal, naquela família houve grande alegria e uma festa sem igual, porque um filho que se havia perdido havia voltado para a Casa do Pai!
O filho pródigo saiu, sofreu em abundância, MAS se arrependeu e voltou-se para o seu pai!
Volte! A Casa do Pai tem portas abertas, amigos e irmãos de verdade! Mesmo depois de muito tempo, seja bem vindo à Casa do Pai novamente!! Haverá uma grande alegria por isso!!!!!!!
CONCLUSÃO
Amados, a história do filho pródigo tem situação triste, mas foi um final feliz!
Pior que a história do filho pródigo, porém, é a nova história do filho camaleão. Aquela história em que não precisa sair da Casa do Pai para se perder, pois há muitos perdidos dentro de nossas igrejas.

autor

Claudio Santos

A hipocrisia de falsos crentes que vivem na prática do adultério

adulterioPor Renato Vargens
O adultério é um câncer destruidor. A quantidade de famílias destruídas por esse pecado é absurdamente impressionante.
Pois é, para nossa tristeza, uma pesquisa encomendada pelo Datafolha revelou que 71% dos brasileiros se dizem favoráveis à dissolução do casamento. Dentre os católicos, o índice sobre para 74%. Até mesmo os evangélicos formam maioria quanto à aprovação do divórcio: são 59% entre tradicionais e pentecostais.
Infelizmente os casos de divórcio e adultério entre os evangélicos se multiplica a olhos vistos. A cada novo dia ouvimos relatos de pessoas que afirmam terem traído seus cônjuges. Ora, como afirmei no Facebook o que me assusta não é o fato de muitos cristãos cometerem este tipo de pecado. O que me assusta é triste realidade de que muitos “cristãos” em nome de uma graça barata, permanecem na prática deste pecado. A quantidade de gente que diz que pecou, sem contudo abandonar a vida adulterina é impressionante. Sei de casos de pastores que traíram suas esposas, abandonaram seus lares passando a viverem junta da adultera e acham que não estão errados, mesmo porque, Deus os perdoou do adultério cometido.
Caro leitor, um principio claro das Escrituras é o seguinte: Pecou? Confesse sua transgressão e abandone seus pecados e o Sangue de Jesus o purificará de todas as suas iniquidades. Agora, o que não dá para aceitar é você dizer que se arrependeu do seu adultério e continuar vivendo e se relacionando com a pessoa com que pecou.
Outro dia soube de uma moça, casada que se apaixonou por um músico de sua igreja. Pois bem, em nome do “amor”, a mulher abandonou os filhos, o marido e passou a se relacionar com o amante. Ao ser confrontada pela Igreja, respondeu: “Eu sei que eu errei, mas , pedi perdão a Deus e Ele me perdoou.” Diante da sua resposta o pastor lhe disse: “Se reconhece o seu erro, abandone seu amante e reconcilie-se com seu marido.” Ela respondeu dizendo: “Isso não. Deus já me perdoou e agora eu vou viver em novidade de vida com o meu novo amor.”
Prezado amigo, lamentavelmente parte da igreja relativizou as Escrituras. Sei de casos de pastores que traíram suas esposas, saíram de casa, divorciaram-se, casando com as adulteras e continuam no ministério. Há pouco fiquei sabendo de um líder eclesiástico que trocou a esposa pela nora e continua a frente da igreja.
Ora, isso é uma vergonha não é verdade? Ouso afirmar que pessoas que pecam e em nome de uma espiritualidade barata continuam na prática do pecado não nasceram de novo.
“Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado… todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado” (1 Jo 3.9; 5.18).
O Bispo J.C. Ryle certa feita disse:
“Uma pessoa nascida de novo, ou seja, regenerada, não comete o pecado como um hábito. Não peca mais com seu coração, sua vontade e toda a sua inclinação natural, como o faz a pessoa não-regenerada. Havia um tempo em que ela não se preocupava com o fato de que suas atitudes eram pecaminosas ou não, um tempo em que não se entristecia após fazer o mal. Não havia qualquer luta entre ela e o pecado; eram amigos. Agora a pessoa nascida de novo odeia o pecado, foge dele, combate-o, considera-o sua maior praga, geme sob o fardo da presença dele em seu ser, lamenta quando cai diante da influência do pecado e deseja intensamente ser completamente liberta dele. Em resumo, o pecado não lhe causa mais satisfação, tampouco é algo para o que ela se mostra indiferente. O pecado tornou-se para a pessoa nascida de novo uma coisa abominável, que ela detesta. Ela não pode evitar a presença do pecado. Se disser que não tem pecado, não haverá verdade em suas palavras (1 Jo 1.8). Mas a pessoa regenerada pode afirmar com sinceridade que odeia o pecado e que o grande desejo de sua alma é não mais cometê-lo, de maneira alguma. O indivíduo regenerado sabe, conforme o disse Tiago, que “todos tropeçamos em muitas coisas” (Tg 3.2). Todavia, ele pode afirmar com sinceridade, diante de Deus, que tais coisas lhe causam tristeza e aflição diariamente e que toda a sua natureza não as aprova”
Isto posto, concluo dizendo:
O adultério sempre foi e sempre será fonte de marcas, mágoas, dores e desgraças. A separação e falência conjugal são hoje uma gravíssima epidemia que tem vitimado milhões de pessoas em toda planeta. Isto posto, tenho plena convicção que como crentes em Jesus não nos é possível tratarmos com naturalidade comportamentos adulterinos. Antes pelo contrário, temos por dever confrontar de forma clara e objetiva este comportamento imoral. Além disso, cabe a nós chorarmos diante do Senhor, pedindo perdão pelos pecados de uma nação que teima em desrespeitar os valores da decência e moralidade.
Pense nisso!
***

As lágrimas de Jesus


INTRODUÇÃO
1. O Novo Testamento nos informa que Jesus chorou em três diferentes ocasiões. A primeira vez ele chorou junto ao túmulo do seu amigo Lázaro. Ele viu a dor das irmãs Marta e Maria. Ele refletiu sobre o salário do pecado e ele gemeu em seu espírito e chorou. Assim Jesus chorou em simpatia com o sofrimento familiar – Nós também podemos chorar quando vemos um parente ou um amigo morto, porque Jesus chorou. Nós podemos chorar no túmulo de todos aqueles a quem amamos, sem sermos culpados de incredulidade acerca da esperança da ressurreição, porque Jesus chorou.
2. Em segundo lugar Jesus chorou sobre a amada e impenitente cidade de Jerusalém. Assim Jesus demonstrou sua simpatia com os problemas nacionais – Ele sofreu com os problemas que adviriam aos seus compatriotas. Nós não deixamos de ser compatriotas quando nos tornamos cristãos. Jonas olhou para a cidade de Nínive e desejou que ela fosse destruída. Jesus chorou sobre Jerusalém, porque ela destruiu-se a si mesma.
3. A terceira ocasião que Jesus chorou está em Hebreus 5:7: “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tento oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade”. O texto refere-se à agonia do Getsêmani, quando Jesus não apenas suou sangue, mas também orou com forte clamor e lágrimas. Jesus demonstrou um grande peso pela culpa humana. Isso nos ensina como deveríamos olhar para a situação das pessoas. Por outro lado, essas foram as lágrimas do nosso substituto.
A nossa mensagem versará sobre o choro de Jesus sobre Jerusalém. A expressão de Lucas 19:41 é mais do que chorar. A palavra grega significa um choro com soluço e gemidos. Jesus lamentou sobre a cidade. Ele sofreu uma profunda angústia, expressada por sinais de ais, gemidos e dor.
Para todos os lados que Cristo olhou, encontrou motivos para chorar: 1. Quando olhou para trás – Ele viu quanto a nação tinham desperdiçado suas oportunidades e sido ignorante a respeito do tempo da sua visitação. 2. Quando olhou para dentro – Ele viu a ignorância e cegueira espiritual no coração do povo. Eles deveriam ter conhecido a Cristo, porque Deus lhes deu sua Palavra e enviou-lhes seus profetas para lhe preparar o caminho. 3. Quando olhou ao redor – Jesus viu atividades religiosas que estavam caducas. O templo havia se transformado num covil de salteadores e os líderes religiosos, por inveja, queriam matá-lo. Havia religiosidade, mas não conhecimento de Deus. 4. Quando olhou para frente – Jesus chorou ao perceber o terrível julgamento que estava para vir sobre a cidade e o templo do Senhor. No ano 70 d.C. Jerusalém foi saqueada, destruída e o povo foi massacrado, e vendido como escravo por todo o mundo. Tudo isso aconteceu porque o povo não reconheceu o tempo da sua visitação. Jesus foi enviado às ovelhas perdidas da Casa de Israel. “Ele veio para os seus, mas os seus não o receberam” (Jo 1:11). “Nós não queremos que este homem reine sobre nós” (Lc 19:14). “O povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!”(Mt 27:25).
Vamos nesta mensagem observar dois aspectos: 1) considerar a profunda dor de nosso Senhor Jesus ao contemplar a impenitente cidade de Jerusalém; 2) considerar as palavras de Jesus ao contemplar a cidade.
I. CONTEMPLEMOS A PROFUNDIDADE DAS LÁGRIMAS DO SALVADOR – V. 41
1. As lágrimas de Jesus foram tão profundas que ele não pôde contê-las a despeito da ocasião
Enquanto a multidão celebrava, Jesus chorava. Os discípulos haviam trazido o jumentinho. Jesus estava entrando triunfalmente na cidade. Toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto, dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas (Lc 19:37-38).
No meio da alegre procissão, quando as multidões que precediam e que sucediam Jesus colocavam suas roupas na estrada e galhos de árvores, os discípulos desfraldavam suas palmas e em coro davam glória a Deus, Jesus parou e chorou. Jesus sabia da superficialidade de todos os louvores que estava recebendo. Ele sabia que a mesma multidão que agora gritava hosanas, em breve gritaria: crucifica-o. Ele sabia que a alegre procissão de entrada em Jerusalém converter-se-ia na triste procissão para fora dos muros de Jerusalém, para o calvário, onde o crucificariam. Ele viu no meio de toda aquela efervescência do momento um pequeno resíduo de sinceridade.
Jesus estava naquele dia em jejum. Ele teve fome no dia anterior. Ele estava em jejum enquanto a multidão estava em festa. Tão profunda foi a tristeza de Jesus que ele não conseguiu contê-la mesmo no meio das sinceras congratulações dos seus discípulos, da feliz música das crianças e os altos hosanas da multidão lhe dando boas-vindas, como Rei de Israel.
2. As lágrimas de Jesus foram tão profundas que elas sobrepujaram todos os outros sentimentos naturais
Jesus ao olhar Jerusalém poderia ter se alegrado pelas gloriosas manifestações de Deus naquela cidade. Poderia ter se regozijado nas vitórias de Davi, na pompa das construções de Salomão, da magnificência do templo. Jerusalém era a cidade do grande Rei, o lugar da habitação de Deus na terra, onde estava a Casa de Oração para todos os povos. Jerusalém era o centro das celebrações festivas, onde a shekinah de Deus habitava. Mas as alegrias da terra, não trouxeram alegria para Jesus, pelo contrário, ao ver a veneranda cidade, com seus palácios, com o seu templo, com suas torres, Jesus chorou.
Os discípulos de Jesus ficavam extasiados com a beleza do templo, com as glórias da cidade de Deus (Mt 24:1-2). Mas Jesus chora e diz: Não ficará pedra sobre pedra. Sua tristeza não encontra alívio nem no passado da imponente cidade nem no seu presente nem no seu futuro.
Ele não interrompeu a alegria dos seus discípulos como queriam os fariseus (Lc 19:39-40). Mas Jesus não entra no espírito daquela alegria. Todos celebram, mas ele chora. Jesus sabe que dentro de uma semana ele estaria sendo arrastado para fora da cidade sob o peso da cruz. Mas aquele dilúvio de lágrimas não era por si mesmo, mas pelos impenitentes da cidade. Jesus não chora por si, ele chora por nós. Jesus disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!”(Lc 23:28). Jesus não está chorando por si, mas pelos homens. Ele sente tristeza pelos outros, não por si mesmo. Ele chora pela cidade que o vai rejeitar e o vai crucificar e não pelas dores que vai sofrer.
3. As lágrimas de Jesus revelam-nos a sua compassiva natureza
Ele sabia que a cidade seria destruída e embora ele seja Deus ele chorou. Isso nos traz um retrato da compaixão de Jesus. Ele é o Deus Emanuel. Ele é o Deus que chora conosco e chora por nós. Ele nos ama. Ele se importa conosco. “Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel?… Meu coração está comovido dentro de mim, as minhas compaixões, à uma, se acendem” (Os 11:8).
Jesus chorou porque a cidade tinha perdido a sua oportunidade e o tempo da visitação de Deus. Ele chorou porque o povo rejeitou a oferta da graça de Deus. Ele chorou porque o povo amou mais as trevas do que a luz. Ele chorou porque a cidade virou as costas para Deus e rejeitou o amor de Deus. Ele chorou porque eles preferiu a morte à vida.
Esse não é um retrato de um Deus irado, de um Deus insensível, de um Deus distante e indiferente. Deus ama você. As lágrimas de Jesus nos dão uma visão profunda da sua ternura, do seu amor, da sua compaixão.
As lágrimas de Jesus nos revelam o coração de Deus. Ele e o Pai são um. Quem vê a Jesus vê o Pai. Ele mesmo tem dito: “Dize-lhes:
Tão certo como vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, ms em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer ó casa de Israel” (Ez 33:11).
Mas Jesus chora, mesmo quando sabe que suas lágrimas seriam infrutíferas. Ele chora porque sabe que o juízo já está lavrado sobre a cidade impenitente (Lc 19:41-44). Jesus chora porque a o dia da oportunidade tem um limite e esse limite já tinha chegado. “Buscai o Senhor enquanto se pode achar”. “Se hoje ouvirdes a voz de Deus, não endureçais o vosso coração.” Hoje é o dia da visitação de Deus, mas se você não o reconhecer, terá que enfrentar o dia do juízo de Deus e aquele será dia de trevas e não de luz.
4. As lágrimas de Jesus deveriam nos encorajar a confiar plenamente nele
Todos aqueles que anseiam nesta noite em serem salvos podem se achegar a ele sem hesitação, porque suas lágrimas provam o seu intenso desejo de buscar o nosso bem e a nossa salvação. Ó pecador em lágrimas, não hesite em vir ao Salvador em lágrimas. Se você não vier a Ele, isso o ferirá. Sua demora produz tristeza em Jesus. Sua incredulidade fére o coração de Jesus. Venha a Jesus sem demora. Aquele que chorou por você, espera você!
Deixa que as lágrimas do Salvador mande embora o seu medo. Ele verteu por você não apenas as suas lágrimas, mas também o seu sangue. Ele morreu para que você pudesse viver. Ele chorou para que você pudesse ter uma alegria indizível e eterna.
5. As lágrimas de Jesus são uma admoestação para os trabalhadores cristãos
Todos nós que fomos alcançados pela graça de Deus, somos agora convocados a trazer outros aos pés do Salvador. E neste bendito trabalho, nosso Senhor nos ensina que devemos ser sensíveis e ter um coração cheio de compaixão.
Não podemos falar do céu ou do inferno com o coração insensível e os olhos enxutos. Se meditarmos sobre a eternidade não poderemos pregar sem lágrimas nos olhos. Não podemos olhar para a cidade de Vitória e ver os seus pecados, a sua impenitência, sem derramar lágrimas por ela.
Não podemos ver o endurecimento dos membros da nossa família sem vertermos lágrimas. Exemplo: William Booth – “Experimentem chorar”.
6. As lágrimas de Jesus nos mostram como os pecadores devem se aproximar dele
Assim como Jesus chorou por você, você deve vir a Jesus quebrantado, chorando pelos seus próprios pecados. O profeta Joel proclama: “Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto…” (Jl 2:12).
Jesus disse: “Bem aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt 5:4). Pense no destino da sua alma e venha ao Senhor com lágrimas. Pense no horror da ira vindoura, da qual você precisa fugir e venha a Jesus com lágrimas. Pense nas glórias do céu que Jesus preparou para você e venha a ele com lágrimas. Pense no amor de Jesus por você ao ponto de morrer por você e venha a ele com lágrimas. Deixe o seu coração derreter diante das chamas do amor divino.
II. CONTEMPLEMOS A PROFUNDIDADE DAS PALAVRAS DO SALVADOR – V. 41-44
1. Jesus lamenta a falta pela qual eles pereceram – v. 42
Ignorância, terrível ignorância, foi a ruína de Israel. “Ah, se conheceras”. Eles não conheceram o que eles poderiam ter conhecido, o que eles deveriam ter conhecido. Eles não conheceram o seu Deus. “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” (Is 1:3).
Eles não conheceram a Deus. Eles não conheceram o Filho de Deus que veio para eles em graça e misericórdia. Eu temo que alguns dos nossos ouvintes embora tenham luz, ainda vivem nas trevas. Eu temo que muitos de vocês, embora saibam a verdade, não andam segundo a verdade. Eu temo que muitos nesta noite, embora vejam, estão cegos espiritualmente; embora ouçam, estão com os ouvidos tapados espiritualmente. Eu temo que muitos aqui ainda não conhecem a Deus verdadeiramente!
Jesus chorou sobre Jerusalém porque embora fosse a cidade dos profetas, dos escribas, dos mestres, ela estava perecendo por não conhecer a Deus. Eles odiaram o verdadeiro conhecimento e não escolheram temer o Senhor. A cidade desprezou a Palavra de Deus e se entregou a uma obstinada incredulidade. Eles escolheram morrer em trevas em vez de aceitar a luz do Filho de Deus.
2. Jesus lamenta a felicidade que eles tinham perdido – v. 42
O nome da cidade de Jerusalém significa “a cidade da paz”. Mas Jerusalém tinha perdido a sua paz, porque não tinha conhecido o seu Deus. Um homem e uma mulher que não conhecem a Deus não têm paz. “Mas os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo. Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz” (Is 57:20-21).
Jerusalém foi saqueada várias vezes, porque ela rejeitou o Deus da paz. Porque ela não recebeu o Príncipe da Paz. Não importa quão próspero você seja, se você não se entregar a Cristo, você perderá a verdadeira felicidade, a verdadeira paz.
Oh quanta alegria e paz você poderia desfrutar se os seus pecados fossem perdoados, se você se colocasse debaixo do abrigo do sangue do Cordeiro. Quanta paz haverá para você nesta noite, se você se reconciliar com Deus, se você tiver sua consciência purificada.
3. Jesus lamenta sobre as pessoas que tinham perdido a paz – v. 42
A cidade que perdeu a paz é a cidade que mais oportunidade teve para conhecer a Deus. A glória de Deus esteve sobre a cidade. A Palavra de Deus foi pregada na cidade. Os profetas de Deus anunciaram a salvação de Deus na cidade. Os sacerdotes nunca deixaram apagar o fogo do altar no templo da cidade. A cidade vivia em permanente vigília de adoração. Mas a despeito do templo, do culto, da Palavra, das orações, dos sacrifícios, o povo perdeu o tempo da visitação de Deus.
Ah, irmãos, muitos de vocês têm tido as mesmas oportunidades que Jerusalém. Quantas exortações vocês já têm ouvido. Muitos de vocês foram criados no Evangelho. Muitos de vocês têm ouvido a voz de Deus desde a infância. Outros têm os pais crentes. Outros têm o cônjuge crente. Muitos de vocês têm sentado aqui nesse templo ou em outros lugares dezenas de vezes e ouvido a Palavra de Deus. Muitos de vocês estão perto do Reino de Deus, mas ainda não entraram no Reino. Vocês estão perto do Reino de Deus, mas ainda lhes falta só uma coisa: uma entrega total do coração a Jesus.
Muitos de vocês estão como Jerusalém, procrastinando o encontro com Deus. Hoje é o dia da oportunidade. Hoje é o dia da decisão. Não o desperdice, para que ele não se transforme em dia do lamento e do juízo.
4. Jesus lamenta e chora por causa da oportunidade que eles tinham negligenciado
Jesus disse: “Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz!” Aquele foi um dia favorável. Eles já tinham sido exortados por santos homens de Deus, mas agora eles tiveram o próprio Filho de Deus pregando para eles. Aquele era um dia de milagres da misericórdia, um dia em que a graça de Deus estava brilhando como o sol no firmamento, um dia em que Deus tinha descido à terra, um dia da poderosa visitação de Deus, que nenhuma nação tinha experimentado em igual intensidade. Jesus se fez carne. Jesus habitou no meio deles. Jesus fez milagres extraordinários entre eles. Jesus pregou para eles. Jesus viveu entre eles. Jesus chorou por eles. Mas eles jogaram fora a oportunidade da graça de Deus. Eles fecharam as portas do céu com suas próprias mãos.
Talvez hoje seja o dia da visitação de Deus para alguns de vocês. Mas iremos nós lamentar pela rejeição que alguns ainda manifestarão? Ou veremos alguns de vocês correrem para os braços do Salvador, em lágrimas, confessando os seus pecados e buscando nele refúgio?
5. Jesus lamenta porque ele viu a grande ruína que desabaria sobre Jerusalém – v. 43-44
Segundo Flávio Josefus a invasão de Jerusalém por Tito Vespasiano em 70 d.C. foi a tragédia das tragédias. Nada foi comparada com aquela sangrenta e brutal invasão. Cerca de 600.000 pessoas morreram de fome, pestilência e passados ao fio da espada. Mulheres devoraram as carnes de seus próprios filhos. Não havia escape. A cidade foi cercada. A fome reinava do lado de dentro e o cerco do inimigo do lado de fora. Os mortos eram lançados para fora dos muros. Quando Tito invadiu a cidade havia uma multidão de corpos em estado de putrefação do lado de dentro dos muros.
Mas nada é comparado à destruição da alma. Nada pode ser comparado à perdição eterna. Nada pode ser comparado ao fogo do inferno. Oh! A simples ideia do homem passar toda a eternidade longe de Deus, em tormento eterno, deve nos fazer tremer. Um homem pode ter o seu corpo destruído por terrível sofrimento e ter a sua alma inundada de felicidade eterna, como Jesus contou na parábola do Rico e do Lázaro. Mas não há tragédia maior do que a perdição da alma. Esta é a morte eterna. É uma eterna destruição. É ser banido para sempre da face de Deus.
Jesus demonstra a sua dor em outras palavras, quando diz: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te forem enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mt 23:37). Veja aqui a graça infinita de Jesus. Esse povo matou os profetas e o Senhor dos profetas ainda quer ajuntar esse povo. Seu amor era tão grande que ele deseja salvar até mesmo os assassinos dos profetas. Há graça suficiente em Cristo para ajuntar assassinos, ladrões, prostitutas, adúlteros, mentirosos e perdoá-los e transformá-los. O fracasso da vontade está em você e não em Cristo que clama: Quantas vezes quis eu, mas vós não quisestes.
Jesus chora porque ele quer ajuntar o seu povo, mas ele rejeita o Salvador. A desolação vem porque o povo não quer ouvir, nem se ajuntar debaixo das asas do Senhor! Naquele dia muitos irão dizer uns aos outros: “Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando” (Mt 25:8). Naquele dia os anjos em vez de se alegrarem a seu respeito vão erguer a sua espada para manter você fora do paraíso de Deus.
CONCLUSÃO
O dia se aproxima quando Cristo virá novamente. Ele virá em glória e então teremos uma nova Jerusalém, cujo fundamento é de pedras preciosas. Naquele dia o Senhor se regozijará sobre a nova Jerusalém. Naquele dia ele não derramará lágrimas sobre ela, mas deleitar-se-á nela com grande alegria. Aquele será o dia das bodas do Cordeiro de Deus. Aquele será o dia em que Jesus desposará sua noiva gloriosa.
Enquanto isso, se alguém hoje aqui ainda não está salvo, venha logo a Jesus. Ele irá regozijar-se em você. Os anjos vão se alegrar a seu respeito, porque há alegria diante dos anjos por um pecador que se arrepende. Agora os anjos se levantam na presença de Deus para celebrarem por sua volta para Deus. Se apenas um pecador nesta noite se arrepender por causa deste sermão, já haverá uma festa no céu e o Senhor se alegrará a seu respeito.

Hernandes Dias Lopes

Sofrimento e glória

A vida cristã é temperada com sofrimento, mas caminha para a glória. Cruzamos vales profundos, mas também subimos montes alcantilados. Vertemos lágrimas amargas, mas também experimentamos alegria indizível. Em Romanos 8.18-27 Paulo fala sobre o problema do sofrimento e da dor. Ele contrasta o sofrimento presente com a glória futura. Paulo menciona três gemidos. Fala do gemido das duas criações: a antiga (a natureza) e a nova (a igreja). Elas sofrem juntas e juntas serão glorificadas no final. Vejamos esses três gemidos.
Em primeiro lugar, os gemidos da criação (Rm 8.18-22). Quando Deus terminou a obra da criação, viu que tudo era muito bom. Mas hoje a criação está gemendo. Há sofrimento e morte. Há dor e gemidos. Há sofrimento (v. 18), vaidade (v. 20), escravidão (v. 21), corrupção (v. 21) e angústia (v. 22). Mas esse gemido da criação não é o gemido de alguém que está morrendo, mas é como o gemido de uma mulher que sofre as dores de parto. Depois do gemido, vem a alegria. A criação geme aguardando a revelação dos filhos de Deus, a gloriosa segunda vinda de Cristo. Nós vamos participar da glória de Cristo e a natureza vai participar da nossa glória. Aqui pisamos uma estrada juncada de espinhos. Aqui, as pedras ferem nossos pés. Aqui a natureza sujeita ao pecado conspira contra nós. Aqui a dor fuzila nosso corpo e a angústia oprime a nossa alma. Aqui as lágrimas inundam nossos olhos e a tristeza entrincheira a nossa vida. Porém, em breve, essa mesma criação que geme, será restaurada e participará da glória dos filhos de Deus, quando Cristo vier em sua glória.
Em segundo lugar, os gemidos da igreja (Rm 8.23-25). Nós gememos por causa da fraqueza do nosso corpo e por causa da presença do pecado em nosso ser. Nós gememos porque embora já fomos libertos da condenação do pecado (na justificação), e estamos sendo libertos do poder do pecado (na santificação) ainda não fomos libertos da presença do pecado (na glorificação). Nós gememos porque já experimentamos as primícias do Espírito e já sentimos o gosto da glória por vir. O Espírito em nós é mais do que uma garantia da glória, é antegozo dela. Nós gememos porque antevemos o gozo do céu e desejamos ardentemente ser revestidos de um corpo de glória e chegar logo em nossa Pátria, em nosso lar, o céu. Nós gememos, porque o melhor está ainda por vir. Nós gememos aguardando esse dia. Os gemidos da igreja também não são gemidos de desespero ou pavor, mas gemidos de expectativa. Aguardamos na ponta dos pés esse glorioso dia, quando Jesus virá com grande poder e glória para estarmos para sempre com ele.
Em terceiro lugar, os gemidos do Espírito Santo (Rm 8.26,27). Não apenas a criação e a igreja estão gemendo, mas também o Espírito Santo está gemendo. Isso significa que a despeito das nossas fraquezas, o Espírito Santo não nos escorraça. Ao contrário, nos assiste. O Espírito Santo é o Deus que habita em nós e intercede por nós, em nós, ao Deus que está sobre nós. E intercede de três formas: Primeiro, intensamente (v. 26). Ele intercede por nós “sobremaneira”. O Espírito Santo emprega todos os seus atributos nessa oração intercessória. Segundo, agonicamente (v. 26), ou seja, com gemidos inexprimíveis. Mesmo sendo Deus e conhecendo todas as línguas dos homens e dos anjos, não encontra sequer uma língua para articular a sua intensa e agônica oração, então geme. Terceiro, eficazmente (v. 27), ou seja, ele intercede segundo a vontade de Deus. Toda a intercessão do Espírito Santo em nós, por nós, ao Deus que está sobre nós, está alinhada com a vontade de Deus. Ele não desperdiça sequer uma intercessão em nosso favor. Por isso, temos a garantia de que mesmo cruzando aqui os vales mais escuros, estamos a caminho do céu, pois aqueles que foram salvos pela graça, desfrutarão da glória eterna!

Hernandes Dias Lopes

A supremacia das Escrituras e a primazia da pregação


O apóstolo Paulo, o maior bandeirante do Cristianismo, fechando as cortinas da vida, na antessala de seu martírio, ordenou a Timóteo: “Prega a palavra…” (2Tm 4.2). Uma coisa é pregar a palavra, outra coisa é pregar sobre a palavra. A palavra é o conteúdo da pregação e a autoridade do pregador. O pregador não é a fonte da mensagem, mas seu instrumento. O pregador não produz a mensagem, transmite-a. O pregador é um arauto; a mensagem não é sua, mas daquele que o enviou. Seu papel não é tornar a mensagem mais palatável aos ouvidos das pessoas, mas transmiti-la com fidelidade. Duas verdades devem ser destacadas no texto de 2Timóteo 4.2.
Em primeiro lugar, a supremacia das Escrituras. Paulo escreve: “Prega a palavra”. Paulo não ordena a Timóteo a pregar suas próprias ideias nem o autoriza a pregar a mensagem mais popular da época. Timóteo deveria pregar a palavra. Não temos outra mensagem a transmitir a não ser a palavra de Deus. O pregador não pode criar a mensagem; é sua incumbência transmiti-la. Não tem o direito de sonegar parte da mensagem que recebe; deve comunicá-la com inteireza. Hoje, muitos pregadores pregam outro evangelho. Um evangelho que não tem boas novas de salvação. Um evangelho fabricado no laboratório do enganoso coração humano. Um evangelho que atrai multidões, mas não tem poder para transformá-las. Um evangelho humanista, centrado no homem, e não o evangelho da graça, centrado em Cristo e na sua obra redentora. Floresce hoje o espúrio evangelho da prosperidade, prometendo aos homens as riquezas e glórias deste mundo, mas sonegando a eles a palavra da salvação eterna. Recrudesce um evangelho místico, sincrético, com fortes laivos de paganismo, desviando os incautos da cruz de Cristo, para sua própria ruína e destruição. Ah, é tempo da igreja voltar-se para o lema da Reforma: “Sola Scriptura”! É preciso interromper essa marcha inglória de uma pregação cheia do homem e vazia de Deus; uma pregação que promete curas, milagres e prosperidade, mas não oferece aos perdidos a vida eterna em Cristo Jesus. É preciso colocar em relevo a mensagem da graça e erguer o estandarte da cruz onde os pregadores infiéis drapejam a bandeira de perigosas heresias. Precisamos de uma volta ao Cristianismo apostólico, onde a igreja reconheça a supremacia das Escrituras e coloque a palavra de Deus no centro do culto, da pregação e da vida.
Em segundo lugar, a primazia da pregação. Paulo escreve: “Prega a palavra”. Uma vez que temos a palavra de Deus, inspirada pelo Espírito de Deus, inerrante, infalível e suficiente não podemos guardá-la apenas para nós. A palavra que nos foi confiada precisa ser transmitida. A mensagem que recebemos deve ser proclamada com fidelidade, entusiasmo e urgência. Não basta reconhecer a supremacia das Escrituras; é preciso estar comprometido com a primazia da pregação. Sonegar a palavra é privar as pessoas de conhecer a graça de Deus. Reter a mensagem da salvação é uma atitude cruel com os perdidos, uma vez que a fé vem pelo ouvir a palavra. Deus chama os seus escolhidos por meio da palavra. A palavra de Deus é poderosa. Tem vida em si mesma. É a divina semente, que semeada em boa terra produz a trinta, a sessenta e a cento por um. Nunca volta para Deus vazia. Sempre cumpre o propósito para o qual foi designada. Cabe à igreja levantar-se, no poder do Espírito Santo, e pregar a tempo e a fora de tempo essa palavra da vida. Cabe à igreja instar com os pecadores para que se voltem para Deus em arrependimento e fé. É responsabilidade da igreja corrigir, repreender e exortar a todos, com toda a longanimidade e doutrina, pois multiplicam-se os falsos mestres, movidos por sórdida ganância, atraindo para si aqueles que sentem coceira nos ouvidos, entregando-se a fábulas, em vez de ouvir a mensagem da graça. Que Deus traga sobre nós um poderoso reavivamento espiritual, colocando a igreja de volta nos trilhos da verdade, a fim de que ela entenda a supremacia das Escrituras e se comprometa com a primazia da pregação.


Hernandes Dias Lopes

De volta ao evangelho



O evangelho é a melhor notícia que já ecoou nos ouvidos da história. É a boa nova da salvação vinda de Deus a pecadores perdidos. É o transbordamento do amor divino aos filhos da ira. É a graça sem par a pessoas indignas. É a misericórdia estendida a indivíduos arruinados. O evangelho é o novo e vivo caminho que Deus abriu desde o céu para o céu. Esse não é o caminho das obras, mas da graça. Não é o caminho do mérito, mas da oferta gratuita. Não é o caminho da religião, mas da cruz. A salvação é uma obra monergística de Deus, trazendo libertação aos cativos, redenção aos escravos e vida aos mortos.
Com respeito ao evangelho, precisamos estar alertas sobre alguns perigos. Tanto no passado como no presente, ataques frontais foram e ainda são feitos para esvaziar o evangelho, distorcer o evangelho e substituir o evangelho por outro evangelho, que em essência, não tem nada de evangelho. Quais são esses perigos?
Em primeiro lugar, o perigo de substituir o evangelho da graça pelo evangelho das obras. O mundo odeia o evangelho, porque este é um golpe fatal em seu orgulho. O evangelho anula completamente qualquer possibilidade do homem vangloriar-se. Reduz o homem à sua condição de completo desamparo. Mostra sua ruína absoluta, sua depravação total, sua escravidão ao diabo, ao mundo e à carne, sua corrupção moral e sua morte espiritual. A tentativa do homem chegar-se a Deus pelo caminho das obras é tão impossível como tentar construir uma torre até aos céus. O apóstolo Paulo diz aos judaizantes que estavam perturbando a igreja e pervertendo o evangelho, induzindo as pessoas a praticarem as obras da lei para serem salvas, que isso é um outro evangelho, um evangelho falso, que desemboca na ruína e na perdição.
Em segundo lugar, o perigo de substituir o evangelho da cruz pelo evangelho da prosperidade. Prolifera em nossos dias os pregadores da conveniência, os embaixadores do lucro em nome da fé. Multiplicam-se neste canteiro fértil da ganância, homens inescrupulosos que mercadejam a palavra de Deus, fazendo da igreja uma empresa, do púlpito um balcão, do evangelho um produto híbrido, do templo uma praça de negócios e dos crentes consumidores. O vetor desses obreiros da iniquidade é o lucro. Pregam para agradar. Pregam para atrair as multidões com uma oferta de riqueza na terra e não de um tesouro no céu. Torcem as Escrituras, manipulam os ouvintes, enganam os incautos, para se locupletarem. Sonegam ao povo a mensagem da cruz, a oferta da graça, a mensagem da reconciliação por meio do sangue de Cristo. Embora esses pregadores consigam popularidade estão desprovidos da verdade. Embora reúnam multidões para ouvi-los, não oferecem aos famintos o Pão do céu. Embora, se vangloriem de suas robustas riquezas acumuladas na terra, são miseravelmente pobres na avaliação do céu.
Em terceiro lugar, o perigo de se pregar o evangelho sem o poder do Espírito Santo. Se a pregação do falso evangelho das obras e da prosperidade é um negação do genuíno evangelho, a pregação do verdadeiro evangelho sem o poder do Espírito é uma conspiração contra o evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê. Nele se manifesta a justiça de Deus. Não podemos pregá-lo sem a virtude do Espírito Santo. O pregador precisa ser um vaso limpo antes de ser um canal de bênção. Precisa viver com Deus antes de falar em nome de Deus. O pregador precisa ser cheio do Espírito antes de ser usado pelo Espírito. Se a pregação do evangelho é lógica em fogo, a mensagem do evangelho precisa queimar no coração do pregador antes de inflamar os ouvintes. Precisamos desesperadamente de um reavivamento nos púlpitos. Precisamos voltar ao evangelho!





Hernandes Dias Lopes

Não precisa ser fácil, só precisa ser possível


Talvez todos nós desde a nossa infância, já fazíamos planos para a nossa vida futura. Quando inesperadamente vinha a pergunta: O que vai ser quando crescer? Felizes da vida com certeza, tínhamos vários sonhos e baseados neles uma resposta convicta na ponta da língua.
Ao olharmos para traz vamos percebendo que muitas das nossas respostas não condizem com a nossa situação atual. Quem já não quis ser manicure, cozinheiro, policial, professor, médico e ao crescer acabou optando por uma profissão totalmente inversa? É claro que isso é normal, até porque quando crianças, somos bastante influenciados pelos colegas e até pelo próprio momento em que vivemos.
Quando crescemos muitas das vezes somos bastantes cuidados ao escolher a nossa profissão, muitos até passam por teste vocacional, outros optam por aquilo que é mais rentável e também tem aqueles que infelizmente não tem escolha, exercem uma profissão que lhe ofereça condições para o sustento da família.
Ao olharmos para traz, para a nossa infância, para os nossos antigos sonhos, será que estamos completamente satisfeitos com a vida profissional que alcançamos?
Todo bom profissional aspira uma bela promoção, uma posição de destaque na empresa em que trabalha, e isso é bastante motivador, pois com certeza nos leva a prosseguir, mas não podemos nos permitir ser motivados apenas por sonhos, não somos mais crianças, sonhar apenas não basta, é preciso agir. Por quê? Simplesmente pelo fato de muitas vezes nos deixarmos sermos motivados pelos os sonhos, prosseguirmos sem nos darmos conta de que os anos estão passando, e de que o nosso tempo de alcançarmos aquela promoção há anos desejada está se esgotando, novos profissionais estão surgindo no mercado e nossas chances de crescimento sendo diminuídas a cada dia. O que fazer a respeito? Temos duas opções: Desistir, aceitando a nossa atual condição, nos iludindo com a certeza de que algum dia nós chegaremos lá, ou trazermos de volta aquele mesmo espírito sonhador que nos movia na nossa infância, acompanhado de um toque de coragem e ação. Agir é preciso.
O primeiro passo é fazer uma análise da nossa vida, olhando a nossa situação atual, reconhecendo onde estamos e onde queremos chegar. Lembrando que não precisa ser fácil, simplesmente só precisa ser possível, e para isso é claro, precisamos agir e nada mais indicado do que de antemão fazermos um Plano de Ação, formulando e implantando objetivos estratégicos que nos levem diretamente ao nosso alvo. Para isso:
1. Descreva todas as ações necessárias para alcançar o objetivo principal;
2. Defina o responsável ou responsáveis por cada ação;
3. Estabeleça uma data limite para cada ação;
4. Defina onde as ações deverão ser realizadas;
5. Defina quais os objetivos que cada ação lhe trará;
6. Detalhe a maneira como cada ação deva ser executada;
7. Defina os custos de cada ação;
8. Descreva tudo o que pode dificultar o cumprimento da tarefa;
9. Descreva quais os recursos materiais ou emocionais necessários para cada ação;
Não podemos parar, no pódio não há lugares para profissionais medianos e sim para os excelentes. Para chegar a excelência é necessário muito trabalho e dedicação, ou seja, não é fácil, porém possível.
Mônica Bastos é autora dos livros Um Líder Recrutado por Deus e coautora do livro Damas de Ouro.
Mônica Bastos
Administradora de Empresas, Coach Executiva, Coach de Liderança, Coach Espiritual, Coach Política, Coach Life, Analista Comportamental, Palestrante de Liderança, Professora de Escola Bíblica e Conferencista. 
Mônica Bastos

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