Agora, como é possível haver comunhão de espíritos onde Deus quer uma coisa e o homem outra, em relação ao mesmo assunto?
O argumento liberalista aponta a importância de a vontade do homem ser respeitada por Deus, ainda que vá na contramão da Sua vontade divina.
Não é necessário muito esforço para entendermos que é justamente nisto que reside o pecado.
Não foi isto que Satanás e os anjos caídos fizeram e que foi a causa da sua queda?
Não foi isto que Adão e Eva fizeram no Éden, e que trouxe a maldição de Deus a toda a criação?
Pode haver paz na casa quando os seus habitantes andam em desacordo?
Ai de nós se não fossem repreendidos pelo poder de Cristo! Se não fosse por isto poderíamos estar permanentemente com nossos corações turbados e magoados.
Então importa estarmos em paz com Deus e sujeitos à Sua vontade, Palavra e poder, de modo que possamos contar não apenas com os Seus livramentos, mas sobretudo com o deleite da comunhão com Ele, que se estenderá a todos os Seus filhos.
Nunca devemos esquecer que temos um estado latente ruim em nossa alma, decaída no pecado, o velho homem do qual devemos nos despojar continuamente pela mortificação do pecado.
E como faremos isto sem o poder da graça de Cristo? Sem o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo?
Deus não deve estar apenas em nossa casa espiritual, a saber, no nosso corpo, que é templo do Espírito, mas deve deter o pleno governo sobre a mesma.
Importa caminhar com Deus, especialmente pela razão exposta pelo apóstolo em Gálatas 5.17:
“Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.” (Gál 5.17)
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