As ruas do centro de Paris lotaram nesse domingo, 24 de março. Mais uma manifestação da sociedade francesa foi promovida contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Os protestos na França acontecem após a aprovação da lei que autoriza o casamento homossexual. O Senado começará a analisar a lei no dia 04 de abril.
O movimento foi liderado pela humorista Frigide Barjot. Mais de 300 mil pessoas se reuniram nas proximidades do Arco do Triunfo para a passeata, segundo a polícia francesa. Mas, de acordo com a organização um milhão e 200 mil pessoas marcharam contra a união homoafetiva.
As manifestações foram realizadas para protestar contra um projeto do presidente François Hollande. O projeto permite o casamento gay e a adoção de crianças por casais homossexuais. A lei que favorece os movimentos gays já foi aprovada na Câmara, mas ainda precisa passar pelo Senado francês.
A organizadora Frigide questionou o bloqueio da principal avenida. Por causa desse bloqueio não foi possível fazer uma caminhada. Porém, durante os protestos um grupo com aproximadamente 100 jovens tentou derrubar as barricadas que impediam o acesso à Avenida Champs Élysées. Os manifestantes foram recebidos pela tropa de choque da polícia e receberam choque com jatos de água e bombas de gás. Após a confusão, duas pessoas foram presas.
O grupo estava vestido de rosa e declarava slogans contra o presidente François Hollande. Na França, manifestantes contra os movimentos homossexuais e a união homoafetiva se vestem de rosa.
Outro protesto já havia sido realizado há dois meses trás. Segundo a organização, um milhão de pessoas estiveram presentes, mas de acordo com a polícia foram apenas 300 mil. A marcha de janeiro forçou as autoridades francesas a adiar alguns projetos, como o plano para a permissão de inseminação artificial para casais lésbicos.
Os protestos reúnem famílias, ativistas conservadores, padres, católicos e evangélicos.