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domingo, 15 de abril de 2012

Santidade = Prosperidade ? Teologia da prosperidade



“No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem! Eu venci o mundo.”


Jo 16.33
As provações pelas quais passamos ou haveremos de passar, são em sua maior parte, conseqüência de estarmos vivendo num mundo dominado pelo inimigo. Sobre este assunto, o Senhor deixa registrado na Bíblia, as seguintes palavras:




“Sabemos que o mundo inteiro está debaixo do poder do diabo.” 1 Jo 5.19




Vivemos numa terra que não nos pertence, na verdade, somos forasteiros e ainda temos um complicador: o fato de sermos inimigos eternos do seu dominador.
O que esperar de bom em tal situação? Nada!
E pela sábia opção de estarmos do lado do Eterno Rei, tornamo-nos centro de atenção de todo um mundo espiritual, habitado por demônios; treinados e hábeis em estratégias de guerras.
São totalmente compreensíveis as dificuldades as quais o povo eleito está sujeito. Mas, mesmo em meio a esta longa guerra, que dura toda uma existência, somos capacitados continuamente pelo Eterno, para ficarmos em pé, imbatíveis.




“Em tudo isso temos a vitória por meio daquele que nos amou. Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor.” Rm 8.37-39




Neste texto de Romanos, o Senhor veementemente nos assegura que estamos protegidos em relação aos ataques espirituais. Não há nada que possa destruir nossa comunhão com Ele, separar-nos dEle.
Por outro aspecto, mesmo que a nossa comunhão com o Senhor seja perfeita, não estaremos isentos das provações e das muitas dificuldades que surgirão na caminhada. O próprio Jesus atesta-nos isto de uma forma bem clara:




“ No mundo vocês vão sofrer!” Jo 16.33




Em sentido contrário às palavras do Senhor, encontramos diversas igrejas e ministérios, prometendo os céus aqui na terra; vendendo a idéia de uma vida repleta de sucessos e vitórias constantes nos empreendimentos terrenos e declaram para todos que o Senhor é obrigado a honrar estes ensinamentos que procedem do coração de homens.
É certo que o Senhor abençoa materialmente e cobre de honras a muitos, por serem fieis e santos na caminhada. No entanto, não podemos declarar que isto seja regra. Vejamos um exemplo:
O Apóstolo Paulo foi um homem fiel, que viveu em santidade e justiça. Mas esta condição de vida, não lhe fez rico e bem sucedido materialmente. Na verdade, sua vida material foi um desastre total, pode-se afirmar que foi um homem extremamente mal sucedido.
Para alguns, a situação vivida pelo Apóstolo seria evidência de pecado e falta de fidelidade ao Mestre.




Os sofrimentos e inúmeras dificuldades são uma permissão do Senhor!




Paulo era Judeu, filho da Tribo de Benjamim ( Rm 11.1; Fp 3.5). Estudou com Gamaliel e era um Fariseu praticante (At 22.3). Tinha acesso às autoridades de seus dias ( At 22.5) e provavelmente, tinha um bom nível de vida.
Os problemas materiais iniciaram no momento em que conheceu Jesus, ficou cego!
Teve a vida totalmente desestruturada. Se olharmos atentamente, chegaremos a conclusão, que ela tornou-se uma calamidade.
Vejamos algumas dificuldades e sofrimentos (não estão em ordem cronológica) com os quais o Apóstolo conviveu momentaneamente ou por toda a vida em decorrência da escolha feita: servir a Jesus.






· Cegueira – At 9.18,19
· Muitas prisões – At 16.23
· Muitos Açoites – At 16.23
· Apedrejado – At 14.19
· Naufrágio – At 27.39-44
· Muitas situações perigosas – At 9.23
· Picado por uma cobra – At 28.5
· Escarnecido / Zombado – At 17.32
· Espancado – At 21.32
· Acorrentado – At 21.33
· Jurado de Morte / Perseguições – At 23.12,13
· Acusações diversas – At 24.5
· Julgado – At 26.6
· Espinho na carne – 2 Co 12.7
· etc.




Segundo algumas doutrinas atuais, Paulo não se enquadraria como um homem vitorioso. Ele não obteve prosperidade em sua vida, pelo contrário, foi pontilhada por dificuldades terríveis.
O Apóstolo não tinha os seus olhos voltados para a terra, na verdade, era plenamente consciente de que não teria paz, deixando isto registrado em suas epístolas. Tomou posse da palavra que dá vida e conservou sua fé baseada em afirmações, tais como:




“Mas virá o tempo, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adora-lo em espírito e em verdade.” Jo 4. 23,24




Era nesta realidade que Paulo colocava sua visão e fé. A única preocupação era obedecer exclusivamente a Deus e honrá-Lo. Não se importava com a idéia de possuir riquezas materiais em troca de sua fidelidade.




Amado, você que tem passado por dificuldades nesta terra, saiba que é normal e é prevista na vida do Servo.
As dificuldades e provações têm duas origens principais:
Primeira: Procede do maligno, a fim de destruir os servos.
Segunda: Provém do próprio Senhor ( 2 Co 12.7).




É certo que o Senhor honra a muitos com uma vida próspera e cheia de bens, no entanto, não devemos olhar a vida destes e exigir que a nossa seja semelhante.
Com certeza muitos viverão uma vida modesta e na pobreza.




Os que permanecem fiéis, são coroados com promessas, como:




“...Nunca vi um homem bom abandonado por Deus e os seus filhos mendigando o Pão.” Sl 37.25
“...Pois o Pai já sabe o que vocês precisam, antes de pedirem.” Mt 6.8




E nesta visão, deve-se viver dependente completamente do Senhor. Sem maiores preocupações com os bens materiais. Preocupados sim, em serem santos e puros, para servi-Lo integralmente, com todas as forças.




“Ame o Senhor seu Deus com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças”. Mc. 12.30




Este deve ser o nosso objetivo primordial: sermos ricos, riquíssimos espiritualmente e estarmos contentes com as demais coisas.
É tempo de adorarmos o Senhor em Espírito e em verdade!




Chegou o tempo!








Pr Elias R. de Oliveira

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