Texto Bíblico: Apocalipse 1.1-3.
Introdução:
Quando nos voltamos para o livro do Apocalipse com o propósito de escutar a Palavra de Deus, pois, ele se encontra no cânon sagrado, logo é Palavra de Deus para nós e não pode ser negligenciado em sua interpretação e aplicação à vida igreja, nos sentimos como que invadindo um país estrangeiro.
Nos deparamos com um livro cheio de anjos, trombetas, terremotos, bestas, dragão e abismos sem fundo. Ficamos como que sem saber o que fazer com este livro.
O Rev. John Stott afirma: “Como devemos compreender este livro? Ele foi o pátio de recreio dos excêntricos desde que foi escrito – e ainda é”.
Podemos afirmar que as distorções do significado da mensagem do livro possuem os seguintes aspectos:
A eliminação dos seus leitores originais como sendo os recipientes primeiros da mensagem do livro.
A tensão entre o elemento simbólico e literal no livro.
A tensão entre o elemento temporal e a relevância eterna das profecias do livro.
Entendemos que para uma compreensão correta da mensagem do livro precisamos procurar ouvir o seu conteúdo como os seus primeiros leitores ouviram. “A razão porque não devemos começar como o aqui e agora é que o único controle apropriado para a hermenêutica acha-se na intenção original do texto bíblico” (Entendes o que lês?).
A MENSGAEM DO APOCALIPSE.
O livro do Apocalipse relata a história dramática de um conflito entre poderes soberanos: A Soberania de Deus manifestada na história por Jesus Cristo, e a pretensa soberania de Satanás, manifestada na história pelo poder imperial romano.
O livro se desenvolve como um grande drama:
Os capítulos 1-3 preparam o palco, e nos apresentam a maioria das “personagens”:
Primeiramente, há o próprio João (1.1-11), que será o narrador a cada passo. Foi exilado pela sua fé em Cristo, e tinha o dom profético para ver que a presente perseguição era apenas uma precursora daquilo que haveria de acontecer.
Em segundo lugar, há Cristo (1.12-20), a quem João descreve em figuras magníficas derivadas parcialmente de Daniel 10, como Senhor da história e Senhor da Igreja. Deus na perdeu o controle, a despeito da presente perseguição, porque Cristo é quem segura as chaves da morte e do Hades.
Em terceiro lugar, há a igreja (2.1-3.22). Em cartas para sete igrejas reais, porém também representativas, João encoraja e adverte a igreja. A perseguição já está presente; à igreja promete-se ainda mais. Mas também há muitas desordens internas que ameaçam seu bem-estar. Para aqueles que vencem, há promessas de glória final.
Os capítulos 4-5 preparam o palco. A igreja é informada de que Deus reina em majestade soberana. Aos crentes que porventura fiquem duvidando se Deus realmente está presente, agindo em prol deles, João relembra que o “Leão” é um “Cordeiro”, que Ele mesmo redimiu a humanidade através do sofrimento.
Os capítulos 6-7 descrevem o Cordeiro, que é também o Leão da tribo de Judá rompendo os selos e revelando os problemas da história humana, colocando-os em sua correta relação com o evangelho e com os propósitos de Deus. Podem ser denominados “O Drama do Sofrimento na História”: 1. A conquista, 2. a guerra, 3. a fome, 4. a morte, 5. a morte do povo de Deus, 6. o fim da história. Vem o “Grande Interlúdio” (cap.7) revelando a redenção do Povo de Deus na terra (vv.1-8) e a eterna salvação do povo de Deus no céu (vv.9-17).
Os capítulos 8-9 começam outra série de sete: os sete anjos com as trombetas pode chamar-se “A Tragédia da Humanidade Impenitente”. Revelam a obstinada teimosia do homem no seu estado irregenerado, a despeito da operação da ira de Deus. Tem relação como o juízo divino sobre o Império Romano, envolvendo grandes desordens na natureza e o julgamento através das hordas bárbaras e de uma grande guerra.
Capítulos 10-11 apontam para o centro da mensagem do livro em 11.15 com o soar da sétima trombeta.
Capítulo 12 segue à descrição da soberania de Deus em 11.15 com o nascimento do Messias. A expulsão de Satanás do céu em virtude da grande derrota sofrida ao completar-se a obra de Cristo na terra.
Capítulo 13 – A vitória celestial suscita um, grande conflito na terra, pois imediatamente Satanás concita a besta que emerge do mar a mover guerra contra os seguidores de Cristo. As bestas simbolizam a sucessão de imperadores e a classe sacerdotal promovedora do culto ao imperador.
O capítulo 14 registra uma série de sete garantias e advertências quanto ao conflito iminente.
Capítulos 15-19.5 – Segue-se outra série de sete, uma descrição do derramamento das taças da cólera de Deus. Este derramamento representa a ira de Deus manifestando-se com todo o seu poder contra os vis poderes mundiais que se opõem à sua soberania. Culminando com a destruição de Babilônia, que é Roma.
Capítulos 19.6-22.21 – A vitória de Cristo e seus seguidores sobre a besta e seus aliados passa a ser descrita (19.6-21):
a) Cristo vence pelo poder de uma espada que procede de sua boca, é a certeza de que Ele vencerá a César. Esta vitória acontecerá no palco da história: “O Cristianismo sobreviverá aos ataques do poder imperial romano”.
b) A prisão de Satanás pó 1000 anos simboliza os resultados cósmicos da derrota que Satanás sofreu na história. A derrota da besta e seus aliados é também a derrota para Satanás e significa a limitação de seu poder por um longo e indeterminado período de tempo (1000 anos).
c) É nesse período de conflito que começa o reinado dos mártires e santos. Aqueles que se mantêm fiéis a Cristo vão desta terra, ao morrer, para reinar com Cristo por longo e indeterminado período de tempo. Esta é a primeira ressurreição (20.4-6).
d) O poder de Satanás é limitado, mas não completamente destruído na história. Haverá um último grande conflito, entre Cristo e Satã (20.7-10). O término do processo histórico e do poder de Satanás é cataclísmico, tendo o seu início no céu (20.9).
e) Juntamente com a derrota final de Satanás e o fim do processo histórico seguem-se o julgamento e a abolição da morte (20.11-15).
f) O livro termina com a história de duas cidades (caps 17-22). A cidade terrestre (Roma) está condenada por sua participação na perseguição do povo de Deus. Já a Cidade de Deus subsiste eternamente, onde o povo de Deus habita para sempre.
AS QUESTÕES DA APLICAÇÃO.
As questões quanto à aplicação do livro às necessidades da igreja hoje precisam levar em consideração os seguintes fatores:
O elemento temporal das profecias do Apocalipse em seu cumprimento histórico – No aspecto temporal já aconteceu. Por exemplo, as profecias de Jeremias quando vaticinadas por ele com relação ao cativeiro eram futuras, mas Judá foi mesmo para o cativeiro. O Império Romano realmente foi julgado temporalmente, parcialmente através das hordas bárbaras, exatamente como João previu.
A aplicação considera a certeza do julgamento divino àqueles que perseguem a igreja durante o processo histórico, assim como o julgamento divino foi derramado sobre Roma.
O discipulado segue o caminho da Cruz – Deus não nos prometeu o livramento do sofrimento e da morte, mas, sim, o triunfo através deles.
A tensão existente entre as realidades temporais das profecias do livro e as realidades escatológicas finais. A dimensão “escatológica” dos julgamentos e da salvação deve alertar-nos à possibilidade de uma dimensão “ainda não” de muitas das profecias do livro.
Devemos ser menos dogmáticos com relação a esta dimensão escatológica – Existem possibilidades de um aparecimento de um futuro anticristo, mas não necessariamente tem que haver essa manifestação. Pois, os governantes mundiais que se opõem à causa do Senhor, são expressões de um anticristo.
Precisamos manter acesa a chama da esperança cristã da consumação do plano de Deus através da obediência à sua Palavra. E com João, e o Espírito e a noiva afirmarmos: “Amém. Vem, Senhor Jesus”.
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Introdução:
Quando nos voltamos para o livro do Apocalipse com o propósito de escutar a Palavra de Deus, pois, ele se encontra no cânon sagrado, logo é Palavra de Deus para nós e não pode ser negligenciado em sua interpretação e aplicação à vida igreja, nos sentimos como que invadindo um país estrangeiro.
Nos deparamos com um livro cheio de anjos, trombetas, terremotos, bestas, dragão e abismos sem fundo. Ficamos como que sem saber o que fazer com este livro.
O Rev. John Stott afirma: “Como devemos compreender este livro? Ele foi o pátio de recreio dos excêntricos desde que foi escrito – e ainda é”.
Podemos afirmar que as distorções do significado da mensagem do livro possuem os seguintes aspectos:
A eliminação dos seus leitores originais como sendo os recipientes primeiros da mensagem do livro.
A tensão entre o elemento simbólico e literal no livro.
A tensão entre o elemento temporal e a relevância eterna das profecias do livro.
Entendemos que para uma compreensão correta da mensagem do livro precisamos procurar ouvir o seu conteúdo como os seus primeiros leitores ouviram. “A razão porque não devemos começar como o aqui e agora é que o único controle apropriado para a hermenêutica acha-se na intenção original do texto bíblico” (Entendes o que lês?).
A MENSGAEM DO APOCALIPSE.
O livro do Apocalipse relata a história dramática de um conflito entre poderes soberanos: A Soberania de Deus manifestada na história por Jesus Cristo, e a pretensa soberania de Satanás, manifestada na história pelo poder imperial romano.
O livro se desenvolve como um grande drama:
Os capítulos 1-3 preparam o palco, e nos apresentam a maioria das “personagens”:
Primeiramente, há o próprio João (1.1-11), que será o narrador a cada passo. Foi exilado pela sua fé em Cristo, e tinha o dom profético para ver que a presente perseguição era apenas uma precursora daquilo que haveria de acontecer.
Em segundo lugar, há Cristo (1.12-20), a quem João descreve em figuras magníficas derivadas parcialmente de Daniel 10, como Senhor da história e Senhor da Igreja. Deus na perdeu o controle, a despeito da presente perseguição, porque Cristo é quem segura as chaves da morte e do Hades.
Em terceiro lugar, há a igreja (2.1-3.22). Em cartas para sete igrejas reais, porém também representativas, João encoraja e adverte a igreja. A perseguição já está presente; à igreja promete-se ainda mais. Mas também há muitas desordens internas que ameaçam seu bem-estar. Para aqueles que vencem, há promessas de glória final.
Os capítulos 4-5 preparam o palco. A igreja é informada de que Deus reina em majestade soberana. Aos crentes que porventura fiquem duvidando se Deus realmente está presente, agindo em prol deles, João relembra que o “Leão” é um “Cordeiro”, que Ele mesmo redimiu a humanidade através do sofrimento.
Os capítulos 6-7 descrevem o Cordeiro, que é também o Leão da tribo de Judá rompendo os selos e revelando os problemas da história humana, colocando-os em sua correta relação com o evangelho e com os propósitos de Deus. Podem ser denominados “O Drama do Sofrimento na História”: 1. A conquista, 2. a guerra, 3. a fome, 4. a morte, 5. a morte do povo de Deus, 6. o fim da história. Vem o “Grande Interlúdio” (cap.7) revelando a redenção do Povo de Deus na terra (vv.1-8) e a eterna salvação do povo de Deus no céu (vv.9-17).
Os capítulos 8-9 começam outra série de sete: os sete anjos com as trombetas pode chamar-se “A Tragédia da Humanidade Impenitente”. Revelam a obstinada teimosia do homem no seu estado irregenerado, a despeito da operação da ira de Deus. Tem relação como o juízo divino sobre o Império Romano, envolvendo grandes desordens na natureza e o julgamento através das hordas bárbaras e de uma grande guerra.
Capítulos 10-11 apontam para o centro da mensagem do livro em 11.15 com o soar da sétima trombeta.
Capítulo 12 segue à descrição da soberania de Deus em 11.15 com o nascimento do Messias. A expulsão de Satanás do céu em virtude da grande derrota sofrida ao completar-se a obra de Cristo na terra.
Capítulo 13 – A vitória celestial suscita um, grande conflito na terra, pois imediatamente Satanás concita a besta que emerge do mar a mover guerra contra os seguidores de Cristo. As bestas simbolizam a sucessão de imperadores e a classe sacerdotal promovedora do culto ao imperador.
O capítulo 14 registra uma série de sete garantias e advertências quanto ao conflito iminente.
Capítulos 15-19.5 – Segue-se outra série de sete, uma descrição do derramamento das taças da cólera de Deus. Este derramamento representa a ira de Deus manifestando-se com todo o seu poder contra os vis poderes mundiais que se opõem à sua soberania. Culminando com a destruição de Babilônia, que é Roma.
Capítulos 19.6-22.21 – A vitória de Cristo e seus seguidores sobre a besta e seus aliados passa a ser descrita (19.6-21):
a) Cristo vence pelo poder de uma espada que procede de sua boca, é a certeza de que Ele vencerá a César. Esta vitória acontecerá no palco da história: “O Cristianismo sobreviverá aos ataques do poder imperial romano”.
b) A prisão de Satanás pó 1000 anos simboliza os resultados cósmicos da derrota que Satanás sofreu na história. A derrota da besta e seus aliados é também a derrota para Satanás e significa a limitação de seu poder por um longo e indeterminado período de tempo (1000 anos).
c) É nesse período de conflito que começa o reinado dos mártires e santos. Aqueles que se mantêm fiéis a Cristo vão desta terra, ao morrer, para reinar com Cristo por longo e indeterminado período de tempo. Esta é a primeira ressurreição (20.4-6).
d) O poder de Satanás é limitado, mas não completamente destruído na história. Haverá um último grande conflito, entre Cristo e Satã (20.7-10). O término do processo histórico e do poder de Satanás é cataclísmico, tendo o seu início no céu (20.9).
e) Juntamente com a derrota final de Satanás e o fim do processo histórico seguem-se o julgamento e a abolição da morte (20.11-15).
f) O livro termina com a história de duas cidades (caps 17-22). A cidade terrestre (Roma) está condenada por sua participação na perseguição do povo de Deus. Já a Cidade de Deus subsiste eternamente, onde o povo de Deus habita para sempre.
AS QUESTÕES DA APLICAÇÃO.
As questões quanto à aplicação do livro às necessidades da igreja hoje precisam levar em consideração os seguintes fatores:
O elemento temporal das profecias do Apocalipse em seu cumprimento histórico – No aspecto temporal já aconteceu. Por exemplo, as profecias de Jeremias quando vaticinadas por ele com relação ao cativeiro eram futuras, mas Judá foi mesmo para o cativeiro. O Império Romano realmente foi julgado temporalmente, parcialmente através das hordas bárbaras, exatamente como João previu.
A aplicação considera a certeza do julgamento divino àqueles que perseguem a igreja durante o processo histórico, assim como o julgamento divino foi derramado sobre Roma.
O discipulado segue o caminho da Cruz – Deus não nos prometeu o livramento do sofrimento e da morte, mas, sim, o triunfo através deles.
A tensão existente entre as realidades temporais das profecias do livro e as realidades escatológicas finais. A dimensão “escatológica” dos julgamentos e da salvação deve alertar-nos à possibilidade de uma dimensão “ainda não” de muitas das profecias do livro.
Devemos ser menos dogmáticos com relação a esta dimensão escatológica – Existem possibilidades de um aparecimento de um futuro anticristo, mas não necessariamente tem que haver essa manifestação. Pois, os governantes mundiais que se opõem à causa do Senhor, são expressões de um anticristo.
Precisamos manter acesa a chama da esperança cristã da consumação do plano de Deus através da obediência à sua Palavra. E com João, e o Espírito e a noiva afirmarmos: “Amém. Vem, Senhor Jesus”.
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