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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A Aflição do Justo

A Aflição do Justo
Bendito seja o Deus e Paide nosso Senhor Jesus Cristo, O Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus.
Hoje vamos falar um pouco sobre aflição. Já que o tema é este, não há como não nos lembrarmos de Jó. Todos nós sabemos pelo ele passou. O quanto ele sofreu.
E gostaríamos de começar a partir do momento em que os amigos de Jó ficaram sabendo pelo que ele estava passando e resolveram condoer-se dele e consolá-lo. Entretanto, cada um deles tentou emitir alguma explicação para esclarecer o seu sofrimento.
• A esposa – Desanimada e desesperada pelo quadro, chegou a conclusão que alguma coisa estava errada, afirmou que a religião de Jó era um fracasso e sugeriu a seu marido que amaldiçoasse a Deus e morresse;
• Elifaz – Este amigo de Jó afirmou que Deus nunca erra. Se seu amigo estava sofrendo daquela forma era porque tinha pecado;
• Bildade – Este outro chegou à conclusão que Jó continuava a sofrer porque não admitia o seu erro, o seu pecado;
• Zofar – Já este, entendia que o pecado de Jó merecia um sofrimento ainda maior.
• Eliú – Este outro era de opinião de que Deus estava usando o sofrimento de Jó para moldá-lo e treiná-lo;
O que estamos vendo aqui é que Jó, oprimido pelo sofrimento, não foi confortado pelos seus amigos, foi sim, condenado. Cada um de seus pontos de vista foi uma forma conhecida para compreensão do sofrimento. A lei de causa e efeito.
O mundo de hoje é regido por esta linha de raciocínio, qual seja, coisas boas acontecem a pessoas boas e coisas ruins acontecem a pessoas ruins.
E esta forma de pensar está completamente equivocada, já que, para muitos efeitos não conseguimos encontrar causas plausíveis e, em contrapartida, muitas causas não nos levam a quaisquer efeitos esperados.
Por isto os amigos Jó entendiam que era obrigação deles ajudá-lo a admitir o seu pecado. Em verdade Jó pensava como seus amigos, o que ele não conseguia entender, era o porquê que tanto sofrimento, já que não tinha feito nada de errado.
A grande verdade é que devemos tomar muito cuidado para não agirmos como os amigos de Jó, isto é, quando vemos alguém em aflição, acharmos que aquela pessoa está sendo julgada pelos seus pecados, uma vez que isto, nem sempre é correto.
Também não podemos crer em Deus somente quando as coisas estão indo bem e não estamos sofrendo, por algum motivo, isto, também, não é correto.
O que precisamos ter bem claro, é que o sofrimento deve nos fazer confiar em Deus, pelo que Ele é, e não pelo que Ele pode fazer por nós.
Sendo assim, chegamos à conclusão que quando uma pessoa está sofrendo, aquilo pode, até, ser resultado de um pecado, mas isto não é uma verdade absoluta, pois nem sempre é, da mesma que forma que a prosperidade na vida de uma pessoa, nem sempre, é uma resposta a sua bondade.
Onde estamos querendo chegar, não está escrito em lugar nenhum da Palavra de Deus que, aqueles que O amam, estarão livres de problemas, muito pelo contrário, por isto precisamos estar muito alertas para não sairmos julgando as pessoas, já que aí, quem estará pecando seremos nós.
Uma coisa muito importante, também, é que o ser humano, por sua natureza, exige explicação para tudo, mas com Deus isto é diferente, Ele, nem sempre, revelará para nós os seus propósitos em nossas vidas e, vamos mais longe, se isto acontecesse nós não suportaríamos.
Deus está muito além de nosso entendimento e, jamais, saberemos por que Ele age desta ou daquela maneira, o que precisamos é confiar, não esquecendo que Ele está no controle de todas as coisas, e apenas Ele sabe por que o justo sofre.
Isto somente fica bem claro para nós, quando vemos Deus como Ele é.
Finalizando, gostaríamos de deixar o contido nos versículos 1 de 2, do capítulo 9, de Eclesiastes, para sua reflexão:
Deveras me apliquei a todas estas coisas para claramente entender tudo isto: que os justos, e os sábios, e os seus feitos estão nas mãos de Deus; e, se é amor ou se é ódio que está a sua espera, não sabe o homem. Tudo lhe está oculto no futuro. Tudo sucede igualmente a todos: os mesmo sucede ao justo e ao perverso; ao bom, ao puro e ao impuro; tanto ao que sacrifica como ao que não sacrifica; ao que jura como ao que teme o juramento. Pense nisso.
Autor: Palavra Fiel Blog
http://www.palavrafiel.com.br

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