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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Crise europeia está aproximando as pessoas de Deus


 De acordo com um estudo realizado pela Universidade Católica Portuguesa (UCP), o número de evangélicos em Portugal cresceu, nos últimos dez anos, de 0,3 para 2,8%.
Embora igrejas como a Assembleia de Deus já não estejam tão cheias como acontecia nas décadas de 1980 e 1990, aparentemente a crise econômica pela qual passa a Europa esteja aproximando as pessoas da religião.
Teólogos, pastores e pesquisadores do assunto concordam que momentos como o atual podem motivar as pessoas a ser mais religiosas. Mas ressaltam que este é um fenômeno complexo, que não pode ser explicado apenas pela corrente crise europeia.
O pastor Vieito Antunes, da Assembleia de Deus de Lisboa, ressalta que “Em situações de crise, em todas as áreas da vida, é normal as pessoas buscarem mais Deus, é um fato. Há uma tendência para, quando as pessoas têm tudo garantido, esquecerem-se do religioso, como se tudo dependesse de nós e fôssemos autossuficientes. Mas não é um fenômeno em larga escala. A secularização das sociedades continua a ser muito importante em toda a Europa”.
O casal Strango, Mircea (romeno) e Susana (portuguesa), explica porque a religião tem um papel importante em suas vidas: “Já passamos por fases difíceis, mas sempre nos safamos e não precisamos recorrer à ajuda material da nossa igreja. Mas a religião foi muito importante para mim nos momentos mais difíceis da minha vida, sobretudo do ponto de vista espiritual, na força que me deu para continuar a lutar, para procurar trabalho e ter dinheiro para alimentar os meus filhos”, resume Mircea. “A igreja será sempre importante para quem precise de um ponto de apoio, quando tudo o resto falha”, acrescenta.
Alfredo Teixeira, antropólogo do Centro de Estudos de Religiões e Culturas (CERC) da UCP,  liderou um estudo sobre as identidades religiosas em Portugal, realizado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião e pelo CERC. Os dados foram recolhidos entre outubro e novembro do ano passado.
Numa comparação dos dados desta pesquisa com uma semelhante, realizada há dez anos, chama atenção a diminuição do número dos que se dizem católicos (86,9 para 79,5%) e o crescimento dos que dizem ser de outra religião (de 2,7 para 5,7%).
Teixeira admite que o crescimento dessas igrejas evangélicas, em especial as pentecostais, pode estar associado à “teologia da prosperidade”. Esse tipo de ensino é mais comum na IURD e na Igreja Maná, onde “ser salvo e ser próspero equivalem-se”. “A salvação é ‘já’ e não algo que se espera para além de uma existência terrena. Neste contexto, as propostas de cristianização dirigem-se, de forma muito direta, aos riscos do quotidiano, e à possibilidade de os ultrapassar. Essa orientação pode, entre outras razões, ajudar a perceber esta última onda de crescimento dessas igrejas”, explica o antropólogo.
O pastor Antunes, que rejeita a teologia da prosperidade, ressalta: “A Bíblia não tem em lado nenhum a promessa de enriquecer pessoas. O que o Senhor promete é suprir as necessidades do seu povo”.
A socióloga da religião, Helena Vilaça, não nega que haja uma ligação entre a crise e a busca da religião. Contudo, para ela esta relação “não é universal nem as coisas são assim tão simples”.  Ressalta que a tese de que as pessoas, em situação de carência, procuram respostas na religião só explica parcialmente a realidade: “Isso seria reduzir a religião a alienação, no sentido marxista do termo. E a realidade revela que a religião também conduz a comportamentos emancipatórios. Há países com crescimento econômico e com vitalidade religiosa, como o caso dos EUA, por exemplo. Também o Brasil ou a Coreia do Sul, quando entraram em fase de crescimento, não perderam a vitalidade religiosa”, lembra.
Por sua vez, José Pereira Coutinho, autor de uma tese de doutorado sobre o assunto,  considera que em tempos de crise, seja “natural” que as pessoas com menos rendimentos reforcem a sua religiosidade, sobretudo nas igrejas que defendam a teologia da prosperidade: “A [Igreja] Católica dá a salvação para o além, não dá resultados agora”, ressalta.
José Luís Costa, padre em Linda-a-Velha e capelão prisional no hospital de S. João de Deus e no Estabelecimento Prisional de Caxias, reconheça que no contexto atual de crise, “há uma procura maior de aspectos religiosos”, essa busca é feita “de uma forma mais desorganizada e menos institucionalizada”: “Procuram o elemento, mas não a prática, não o ir à missa todas as semanas”, explica.
O pastor presbiteriano Dimas de Almeida, pesquisador do Centro de Estudos de Ciências das Religiões da Universidade Lusófona, afirma que não tem notado nem aproximação nem afastamento: “Penso que, quando uma crise leva as pessoas a aproximarem-se da religião, pode ser um sinal de fraqueza do religioso… Diante de uma crise profunda, perguntamos ‘o que é que isto significa? Qual o meu papel? Para onde vou?’ Somos peregrinos do sentido. Nós todos somos vagabundos do sentido. Há religião porque há problemas do sentido. Quando a crise nos ameaça é o sentido da vida que fica também ameaçado”. 

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