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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Amor, o maior de todos os argumentos

1. O amor, a apologética final – Dr. Francis Schaeffer afirma que o amor é a apologética final, o argumento irresistível: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, quando tiverdes amor uns pelos outros”.
a) O amor é o maior de todos os mandamentos (Lc 10:27) – Amar a Deus e ao próximo é o maior de todos os mandamentos.
b) O amor é o cumprimento da lei (Rm 13:8-10) – O amor é o cumprimento da lei. Quem ama a Deus não tem outros deuses, não faz imagens de escultura, não toma o seu nome em vão e não profana o seu dia. Quem ama o próximo honra pai e mãe, não mata, não adultera, não rouba, não difama nem cobiça).
2. O amor, o check-up necessário – Qual foi a última vez que você fez um check-up? Qual foi a última vez que você pôs o prumo de Deus em sua vida? Qual foi a última vez que você avaliou sua vida à luz do amor ao próximo?
3. O amor, o oxigênio do Reino de Deus – Juan Carlos Ortiz diz que o amor é o sistema circulatório do Corpo de Cristo. O cristão é conhecido não apenas pela sua teologia, mas sobretudo pelo seu amor.
4. O amor, a essência da vida cristã – O amor é a prova da maturidade cristã. Paulo sempre destacava as três virtudes cardeais do cristianismo: a fé, a esperança e o amor, mas o amor é o maior destes.
a) O amor é mais importante do que o conhecimento (1 Co 8:1-3) – o amor edifica, mas o conhecimento ensoberbece.
b) O amor é mais importante do que os dons espirituais (1 Co 13:1-3) – Línguas, profecias, sinais – tudo passará, mas o amor subsistirá eternamente.
c) O amor é mais importante do que a caridade e o martírio (1
Co 13:1-3) – Ainda que eu dê todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada serei.
5. O amor, a evidência insofismável da conversão – Aquele que ama a seus irmãos passou da morte para vida. Quem não ama até agora está nas trevas. Aquele que ama é nascido de Deus, porque Deus é amor. Quem não ama a seu irmão a quem vê, como pode amar a Deus a quem não vê?
I. O PRIMEIRO GRAU DO AMOR – O MAIOR MANDAMENTO
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10:27).
1. Amar o próximo como a si mesmo é o requisito mínimo
A lei da retribuição dizia que você devia amar o próximo e odiar o inimigo. Olho por olho, dente por dente, pé por pé, queimadura por queimadura.
Mas a lei de Deus diz que você deve amar o seu próximo como a você mesmo.
Este princípio deu início ao avivamento coreano em 1907, quando começaram a estudar 1 João e a necessidade de amar, em vez de odiar.
2. Amar o próximo como a si mesmo é fazer por ele o que você faria por você mesmo
Todos nós temos necessidades a serem supridas. Pensamos não apenas em nós primeiro, mas não pensamos no próximo. Preferimos acumular do que repartir.
Não queremos correr riscos como correríamos riscos para nos ajudar – a parábola do bom samaritano: o sacerdote e o levita passaram de largo.
3. Amar o próximo como a si mesmo é mais do que simplesmente amar o irmão
O próximo é toda pessoa carente que está ao nosso alcance. Pode ser o estranho, o parente, o vizinho ou até o inimigo – O próximo do homem caído à beira da estrada foi o samaritano que parou, olhou, socorreu.
Jesus falou em dar pão, água, roupa e visitar os pobres e os presos como evidência de que você é uma ovelha e não um cabrito.
João Batista diz que arrependimento pode ser evidenciado quando você ter comida e repartir com quem não tem e ter duas mudas de roupa e dar uma para quem não tem nenhuma uma.
4. Amar o próximo como a si mesmo dá sentido à sua existência
Viktor Frankl diz que o que o salvou da morte na prisão nazista foi a deliberação de ajudar as pessoas e pensar mais nos outros que em si mesmo.
James Hunter diz que o amor não é o que ele sente, mas o que ele faz.
II. O SEGUNDO GRAU DO AMOR – O NOVO MANDAMENTO
“Novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 13:34-35).
1. Amar os irmãos como Cristo nos amou é um mandamento novo em seu perfeito exemplo
“Como eu vos amei”.
Esse amor não tem limites. Ele vai às últimas consequências em favor da pessoa amada. Cristo deixou a glória, o céu e desceu, encarnou-se, esvaziou-se, fez-se servo, sofreu, foi perseguido, cuspido, pregado na cruz. Ele se entregou por você e por mim, por amor.
Como é o amor de Jesus?
a) Amor perseverante (Jo 13:1) – Cristo amou os seus discípulos e amou-os até o fim. Phillip Yancey diz que não há nada que você possa fazer para Deus te amar mais e nada que você possa fazer para Deus te amar menos.
b) Amor humilde (Jo 13:4-5) – Jesus pegou a toalha e a bacia. O servo lava os pés. Ele veio para servir. Quem ama desce do pedestal. Quem ama não se sente diminuído com a toalha na mão.
c) O amor serve até o inimigo – Abraão Linconl enfrentou um forte adversário em sua campanha para a presidência, Sr Stanton. Fez-lhe as mais duras críticas. Apelidava-o dos nomes mais humilhantes. Quando Lincoln ganhou a eleição, surpreendeu a todos, nomeando-o “ministro da guerra”. Ele disse: “a melhor maneira de vencer um inimigo, é fazendo dele um amigo”. Quando Lincoln foi assassinado em 14 de abril de 1865, Stantou chorou em seu funeral e fez um discurso eloquente, dizendo que Lincoln foi o maior estadista americano.
2. Amar os irmãos como Cristo nos amou é um novo mandamento em seus motivos inspiracionais – 1 Jo 3:16
Cristo deu sua vida por nós e agora devemos dar a nossa vida pelos irmãos.
Os crentes da Macedônia não apenas fizeram ofertas generosas aos crentes pobres de Jerusalém, mas deram a si mesmos e por isso, deram além de suas posses.
Sadu Sundar Sing no Tibete
3. Amar os irmãos como Cristo nos amou é um novo mandamento em seus gloriosos resultados
O amor vale mais do que mil palavras. O mundo escuta de nós muitos discursos e vê em nós poucas obras de amor.
O mundo vai conhecer que somos discípulos não por:
a) Nossa ortodoxia – como a igreja de Éfeso.
b) Nossa liturgia e dons – como a igreja de Corinto
c) Mas pelo amor – como na igreja de Jerusalém.
III. O TERCEIRO GRAU DO AMOR – O AMOR UNIFICADOR
“Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu neles esteja”.
1. Este é o amor da Trindade
Como o Pai ama o Filho? Como o Filho ama o Pai? Como o Espírito Santo ama o Pai e o Filho? Esse é o amor unificador.
No Antigo Testamento o Pai fez milagres. No Novo Testamento Jesus fez milagres. Hoje, O Espírito Santo que nos dado faz milagres. Mas não há disputas nem ciúmes.
O amor Trinitário faz com que os três sejam UM.
2. Jesus quer que sejamos UM
Assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um, Jesus quer sejamos um: não estamos competindo. Não devemos ter ciúmes. Devemor preferir em honra uns aos outros.
Paulo diz que não podemos ter complexo de inferioridade nem de superioridade. A oração de Jesus é para que sejamos UM.
Ilustração: Nós devemos ser como um purê de batatas – uma vez plantada, as batatas crescem por tubérculos, 3 ou 4 para cada planta. Estão juntas, mas falta-lhes unidade. Saco + cortadas + purê! Quando isso acontecer, Jesus diz: o mundo vai crer!!!
CONCLUSÃO
Os dois irmãos que colheram sua lavoura. Um casado com filhos e outro solteiro. Ambos pensaram em ajudar um ao outro sem nada falar. Então, de noite um irmão foi no seu celeiro e encheu um saco de mantimento e levou para o irmão. Naquela mesma noite o outro fez a mesma coisa. Depois de várias semanas, pensaram: deve estar acontecendo algum milagre.
Certa noite, os dois cruzaram um com o outro com um saco nas costas levando um para o celeiro do outro. É o milagre do Amor! Ali abraçaram e choraram. Esse é o amor da unidade!!!

Hernandes Dias Lopes

Qualificações bíblicas do diácono

Depois de elencar as virtudes que devem ornar a vida do presbítero, o apóstolo Paulo passa a falar dos atributos do diácono (1Tm 3.8-13). Muitas das qualificações do diácono são as mesmas do presbítero. O diácono, diákonos, é o servo que coopera com aqueles que se dedicam à oração e ao ministério da palavra. Os primeiros diáconos foram nomeados assistentes dos apóstolos. Há dois ministérios na igreja: a diaconia das mesas (At 6.2,3) e a diaconia da palavra (At 6.4); a ação social e a pregação do evangelho. O ministério das mesas não substitui o ministério da palavra, nem o ministério da palavra dispensa o ministério das mesas. Nenhum dos dois ministérios é superior ao outro. Ambos são ministérios cristãos que exigem pessoas espirituais, cheias do Espírito Santo para exercê-los. A única diferença está na forma que cada ministério assume, exigindo dons e chamados diferentes. Que são as qualificações do diácono?
Em primeiro lugar, o diácono precisam ser um homem respeitável (1Tm 3.8a).“Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis…”. O diácono precisa ser um homem digno de respeito, de caráter impoluto, de vida irrepreensível, de conduta ilibada.
Em segundo lugar, o diácono precisa ser um homem de uma só palavra (1Tm 3.8b). “… de uma só palavra…”. O diácono precisa ser um homem verdadeiro, íntegro em suas palavras e consistente em sua vida. Não é um boateiro, dado a mexericos. Não diz uma coisa aqui e outra acolá. Não é maledicente nem joga uma pessoa contra a outra. Tem peso em suas palavras. É absolutamente confiável no que diz.
Em terceiro lugar, o diácono não pode ser um homem inclinado a muito vinho (1Tm 3.8c). “… não inclinados a muito vinho…”. O diácono deve ser cheio do Espírito (At 6.3) e não cheio de vinho (Ef 5.18). Quem é governado pelo álcool não pode administrar a casa de Deus. A embriaguez e o serviço sagrado não podem caminhar juntos.
Em quarto lugar, o diácono não pode ser um homem cobiçoso de sórdida ganância (1Tm 3.8d). “… não cobiçosos de sórdida ganância”. O diácono lida com as ofertas do povo de Deus e administra os recursos financeiros da igreja na assistência aos necessitados. Não pode cobiçar o que deve repartir. Não pode desejar para si o que deve entregar para os outros.
Em quinto lugar, o diácono precisa ser um homem íntegro na doutrina e na vida (1Tm 3.9). “Conservando o mistério da fé com consciência limpa”. O termo “mistério” significa “verdades outrora ocultas, mas agora reveladas por Deus”. O diácono precisa compreender a doutrina cristã, crer na doutrina cristã e viver a doutrina cristã. Sua vida, sua família e seu ministério precisam ser pautadas pela palavra de Deus.
Em sexto lugar, o diácono precisa ser um homem provado e experimentado (1Tm 3.10). “Também sejam experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato”. Os candidatos ao diaconato precisam ser primeiramente experimentados, passando por tempo probatório. O treinamento precede à escolha e à ordenação. Primeiro a prova, depois o exercício do ministério.
Em sétimo lugar, o diácono é um homem recompensado por Deus (1Tm 3.13).“Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus”. Jesus foi o diácono por excelência. Ele não veio para ser servido, mas para servir. Nunca somos tão grandes como quando servimos. No reino de Deus maior é o que serve. No reino de Deus quem tem preeminência não são aqueles que os homens exaltam, mas aqueles a quem Deus enaltece.


“Missão Integral Justiça Social e a Politica”

IGREJA EVANGÉLICA CRISTO É A ESPERANÇA
A Igreja da Reconciliação com Deus
 Alameda Duque de Caxias, nº220 – Centro Blumenau - SC.



“Missão Integral Justiça Social e a Politica”


       Entende-se que a igreja pós-moderna do Século XXI, precisa visualizar mundo e organizar seus valores a partir das perspectivas e interesses de Deus. Esta habilidade demanda luta, pois numa sociedade pós-industrial, pós-histórica, pós-moderna, consumista, globalizada e capitalista muitos cristãos são diariamente tentados a valorizar aquilo que é passageiro e temporal, deixando, portanto para um segundo plano aquilo que é perenal. Observa-se que o tempo presente é marcado por grandes desafios, para que se exerça uma correta priorização. A tendência consumista, tão presente em todas as áreas da vida, tem induzido as pessoas a valorizarem as coisas em detrimento dos seres humanos. Por esta razão, vivem tendo como slogan “o importante é ter”. Tudo que é consumível é entendido por esta geração como necessário. Valores éticos e espirituais ficam para trás. Atrelada á visão de consumo está à busca incessante pelo conforto e o prazer. A sociedade pós-moderna é uma sociedade hedônica, pois se percebe que todos querem retirar o máximo de prazer de todas as oportunidades e situações, sobrando, portanto pouco espaço para as experiências que implicam renuncia desprendimento e entrega. A visão altruísta esta bem distante da maioria, incluindo também a Igreja nesta avaliação. Observa-se que capacidade da Igreja para estabelecer prioridades corretas tem sido prejudicada em nossos dias, pois, no corre-corre da vida agitada, tem-se trocado o importante pelo urgente, a formação pela ação e, deste modo, muita coragem e força de vontade será necessária para romper com este conceito distorcido de cristianismo promovido pela Igreja, que dia-a-dia torna-se insensível em relação à luta pelas causas sociais evolvendo a educação, a saúde, a segurança, a politica, poluição, ecologia, desigualdades, etc. Entende-se que todos os cristãos, desde os mais jovens até os de mais idade precisam se posicionar e tomar alguma iniciativa em relação à situação social do mundo, pois é necessário entendermos que apenas se sensibilizar com os relatos ou ver pelos meios de comunicação a miséria de alguns países e principalmente o sofrimento de pessoas inocentes, marginalizadas e escravizadas não é suficiente. A ação social da igreja refletirá o tamanho do amor, da fé e o brilho da espiritualidade da igreja de Cristo, pois a ética e a responsabilidade social foram vislumbradas por ele: “porque tive fome, e não me deste de comer; tive sede, e não me deste de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão não me visitastes” [Mateus 25. 42-43]. Como exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo, dos apóstolos e dos cristãos do primeiro século, a igreja não pode nem fugir e nem ficar observando ou insensível ao que esta acontecendo no mundo, mas é necessário sair de dentro de suas paredes e ir às ruas lutarem por um mundo mais justo, ético e melhor. No capitulo doze da carta aos romanos, o apostolo dos gentios orienta a igreja em relação ao culto racional, á consagração e ao uso dos dons os quais podem e devem ser aplicados nos dias atuais. Com base nas interpretações bíblico-teológicas, pode-se dizer que quem se conforma não transforma, portanto, Deus não nos escolheu para vivermos uma vida indiferente, apática, contemplativa, sonolenta, ociosa, conformada e individualista em relação ao que acontece no mundo, mas ele nos escolheu para uma vida de adoração, testemunho e serviço. Entendemos que depois do processo de justificação, o cristão deve entrar na dimensão do serviço cristão, que é a pratica, a vivência e a demonstração da nossa justiça que vem do amor e da fé em Deus. A igreja pode brilhar como estrelas no meio de uma geração corrompida. “Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornarem-se puros irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham com estrelas no universo”, [Fl 2. 14-15].  A igreja precisa apresentar-se perante a sociedade como exemplo de Cristo, não devendo jamais servir aos interesses de algum sistema social ou politico. Em contrapartida devemos ser coerentes e não preconceituosos, pois é possível relacionar a fé com a politica sem cair na politicagem; é possível servir a Deus através da politica; é possível moralizar a politica através dos princípios éticos provenientes da Bíblia; e, ainda é possível ser integro e desenvolver um trabalho fundamentalmente social, limpo e ético para Reino de Deus através da politica.

Pr. Ezequiel P. de Souza
Graduado em Teologia pela Faculdade Unigran – Centro Universitário da Grande Dourados – MS.
Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Charisma – RJ.
Bacharel em Teologia pelo IBAD – Instituto Bíblico das Assembleias de Deus – SP.

A Igreja e o Perigo do Consumismo Exagerado

A Igreja e o Perigo do Consumismo Exagerado


“Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas”, [Mateus 6.24-33].

Observa-se que a revolução industrial, económica, globalizada e capitalista tem estimulado fortemente à sociedade pós-moderna pela busca ilimitada de bens, mercadorias e serviços muitas vezes desnecessários. O forte marketing publicitário promovido pela mídia através da internet, TV, jornais, rádios e revistas têm induzido muitas pessoas a valorizar o “ter em detrimento do ser” e as coisas em detrimento da vida. Atrelado a esta visão de consumo, encontra-se uma sociedade totalmente hedônica, que a todo custo procura ultrapassar as fronteiras das necessidades em busca de uma vida cheia de conforto prazeres, independência, status e poder. Tudo isso tem levado as pessoas a valorizarem as coisas supérfluas, passageiras e temporais, deixando, portanto em segundo plano aquilo que é mais importante para a vida. O conselho para que a Igreja se conscientize evite e saia do consumismo, é necessário que ela visualize os valores na perspectiva de Deus e organize-os a partir de seus interesses.  É verdade que isso exigirá luta e esforço, pois de todos os lados os cristãos estão sendo bombardeados pelas varias e diversas propagandas publicitárias, as quais se encontram estampadas em lugres estratégicos e enchem os olhos dos diversos tipos de consumidores, tentando faze-los valorizar as coisa temporais e passageiras, deixando para um segundo plano aquelas que são perenes. Principalmente no Brasil, que segundo as estatísticas são os brasileiros que mais consomem no mundo, além de existirem também aqueles que são considerados consumidores compulsivos, que muitas vezes compram sem necessidades, pois nunca usam os produtos que compraram, causando problemas ainda maiores para a sustentabilidade do planeta. A igreja do Deus Vivo é chamada de “Coluna e Firmeza da Verdade”, [I Timóteo 3.15]. Portanto faz parte de sua missão contribuir com a sustentabilidade do planeta em todas as esferas e dos valores éticos de nossa sociedade.  O materialismo faz parte do mundus vivendis do homem pós-moderno, e Jesus disse que a Igreja não pode servir a Deus e o materialismo, por isto acrescentou que devemos priorizar aquilo que é mais importante em nossa vida: “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas”, [Mateus 6.24-33]. No belo sermão de Jesus, chamado de “Sermão do Monte”, é afirmado que sua igreja deve ser o sal e luz em meio à sociedade: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insipido, com que se há de salgar/ Para nada mais presta, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá a luz a todos os que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras e glorifiquem vosso Pai que estás nos céus”, [Mateus 5.13-16]. É ressaltada nessa palavra a capacidade de penetração e de influência da igreja em relação ao Mundo. Entende-se que para sustentar as grandes concorrências e demandas do consumismo compulsivo, tem sido necessária cada vez mais a extração de matéria prima do meio ambiente em que vivemos, proporcionando com isso uma devastação catastrófica para o meio ambiente em todos os aspectos, exemplo: animais, aves, peixes, mares, rios, florestas tropicais, poluição atmosférica, etc. Segundo Lima [2010, p. 1686] “por mais importante que tenham sido as mudanças proporcionadas pela industrialização e, mais adiante, pela globalização, o intenso ritmo de produção, aliado ao consumo exacerbado acarretou a depressão ambiental, de forma a comprometer a própria vida do planeta”. Toda esta obsessão consumista em razão do “ter em detrimento do ser”, tem gerando uma generalizada inversão e ausência de valores éticos, morais e espirituais em todas as esferas sociais. Observa-se que não são poucas as noticias que revelam a falta de compromisso, respeito e preocupação de algumas autoridades mundiais e políticas em relação aos valores morais, éticos e sociais.  A verbalização de mentiras e a inescrupulosa maneira de administrar os recursos naturais públicos e sociais têm repercutido de forma negativa sobre a humanidade.   A crise de valores éticos passa também pelo espaço familiar, pois encontramos pais que não valorizam plenamente sua autoridade relacionada aos caprichos egoístas dos filhos, filhos que não observam as orientações recebidas dos pais, gerando, portanto sérias situações e problemas na convivência doméstica. A falta de ética tem afetado também o mundo dos negócios. Observa-se que as relações comerciais muitas vezes ocorrem de modo predatório, e o que se vê é muita pirataria, notas frias e enganos por toda a parte, cada qual querendo tirar o máximo de oportunidades das situações que lhes são propostas. Se tudo isso não bastasse, no campo eclesiástico ocorrem terríveis distorções. Há lideres e igrejas que tem se utilizado de artifícios sutis para manipular a comunidade, os fieis e os frequentadores dos cultos. Outros trocam dinheiro por orações e ainda se utilizam da má interpretação de textos bíblicos para enganar e explorar as pessoas, etc. Percebe-se nesse contexto, que uma visão altruísta esta bem distante da maioria das pessoas, incluindo também a igreja de Cristo que, entremeio esta revolução industrial, económica, globalizada e capitalista esta invertendo os valore e passando a valorizar as coisas passageiras e temporais, deixando, portanto para um segundo plano aquelas que são perenes. Porém, é possível conscientizar-se, evitar e sair do consumismo, mas para isso é preciso priorizar, visualizar e organizar nossos valores éticos, morais e sociais a luz da Palavra de Deus.




Bibliografia:


Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro, RJ. Editora cpad, 4ª Impressão, 1997.

COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Descubra Agora. A ética dos Profetas para Hoje. 1 ed. São Paulo: Exodus Editora, 1988.

CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos. Série Clássica Vida Nova. 2 ed. Sociedade Religiosa Vida Nova, São Paulo , 1990.

LIMA, Ana Karmem Fontenele Guimarães. Consumo e Sustentabilidade: Em busca de novos paradigmas numa Sociedade Pós-Industrial. Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI: Fortaleza – CE, p. 1686 -2010.

SANCHES, Ciro, Evangelho que Paulo Jamais Pregaria, Rio de Janeiro, RJ. Editora CPAD, 1ª Edição, 2006.


Pr. Ezequiel P. de Souza

Pastor Presidente da Igreja Evangélica Cristo é a Esperança.

Graduado em Teologia pela Unigran – Centro Universitário da Grande Dourados – MS.

Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Charisma – RJ.

Formado em Teologia pelo IBAD – Instituto Bíblico das Assembleias de Deus – SP

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