Nesse momento descobrimos o que é estar próximo e o que é estar junto… Ás vezes estamos próximos, mas não estamos juntos, e as vezes estamos tão longe, mas ao mesmo tempo tão perto, tão junto.
É na solidão que descobrimos nossas fraquezas, nossos defeitos, nossas limitações..
E às vezes nesse vazio descobrimos coisas que não nos agradam… Descobrimos que nossas fraquezas muitas vezes são quem amamos. Mas como pode isso?
Tenho descoberto que a solidão muitas vezes é um remédio, um remédio contra mim, contra minhas atitudes… Na solidão me conserto, enxergo o que não enxergo na multidão. Na solidão descubro que amigos não são amigos, que aqueles que estão longe fazem falta, descubro que a vida é passageira… Que me apego a coisas e pessoas que não valem a pena. Descubro que nem tudo é como parece.
Bob Davies e Lori Rentzel em seu livro “Restaurando a Identidade” afirmam que para aprendermos a construir sólidas amizades, precisamos cultivar nossa capacidade de encontrar paz e sustento quando ficamos a sós com o Senhor e com nós mesmos, que desenvolver capacidade para a solidão envolve mais que criar uma forte vida de oração ou um tempo regular de leitura bíblica. Envolve aprender a relaxar e desfrutar da presença de Deus e desfrutar de nós mesmos quando estivermos com Ele, Aprender a pôr de lado o esforço e assimilar a beleza da vida cotidiana e o mundo que nos rodeia. Na solidão, se cultiva a sensibilidade e uma verdadeira apreciação dos outros.
Henri Nouwen autor do livro Reaching Out (Buscando), vê a importância da solidão como fundamento para relacionamentos: “Sem a solidão do coração, a intimidade da amizade, do casamento e da comunidade, a vida não pode ser criativa. Sem isso nossos relacionamentos com os outros seriam mesquinhos e avarentos, pegajosos e colantes, dependentes e sentimentais, exploradores e parasitários. Sem que o coração fique só, não podemos experimentar os outros como seres diferentes de nós mesmos, mas apenas como pessoas que podem ser usadas para solução de nossas próprias necessidades, frequentemente ocultas.”
Ele prossegue descrevendo a força dos relacionamentos edificados e sobre a segurança interior e a solidão: “Nesta solidão podemos fortalecer uns aos outros através do respeito mútuo, através da consideração atenciosa da individualidade de cada um, através de uma distancia submissa da privacidade de cada um, e uma reverente compreensão da sacramentalidade do coração humano”.
Para a pessoa independente a solidão fornece um lugar para respirar e refazer-se antes de voltar ao envolvimento com outros. Para a pessoa que luta com dependência emocional, o momento a sós oferece uma oportunidade de experimentar diretamente a cura e o conforto do Senhor e aprender a apreciar a companhia de alguém. Quando os momentos a sós são bem-vindos, e não temidos, os impulsos ansiosos para a dependência perdem grande parte de seu poder.
Acredite estar na companhia de pessoas que amamos é muito bom e também muito importante, mas não rejeite o momento de estar só consigo mesmo, com Jesus e com O consolador, Espírito Santo.
Nesses momentos aproveite para se auto-avaliar, para se consertar, chorar, rir e experimentar o consolo e os braços do Amado de nossas almas, pois Ele nos fala até mesmo com seu silêncio.
Elder Rangel
www.elderrangel.blogspot.com
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