O debate a respeito da ingestão de bebidas alcoolicas é algo recorrente no meio cristão, pois a Bíblia orienta que o fiel deve evitar a embriaguez, e esse ponto levanta a polêmica entre líderes e membros.
A Igreja Universal do Reino de Deus publicou em seu site, um artigo em que defende que a ingestão de bebidas alcoolicas não é pecado: “O grande mal das religiões é aprisionar as pessoas a doutrinas e dogmas. Jesus, naquela ocasião, foi criticado pelos fariseus (religiosos hipócritas) por beber vinho. Em nenhum momento a Bíblia afirma que beber vinho ou qualquer outra bebida seja pecado. Embriagar-se de qualquer bebida, aí sim é pecado. Pois, alguém em estado de embriaguez fica fora de si, fora de controle e o desequilíbrio se apossa do seu ser”, definiu, fazendo referência à passagem bíblica de Mateus 11:19.
No meio evangélico, há três linhas de pensamento a respeito das bebidas alcoolicas: os abstêmios, que bebem eventualmente e não combatem quem pensa diferente; os temperantes, também identificados como moderacionistas, e que assumem beber com moderação em determinadas situações; e os proibicionistas, que condenam abertamente o consumo de álcool. Essa última linha de pensamento é a mais comum no meio pentecostal, por exemplo.
O artigo da Igreja Universal cita Eclesiastes 7:16 para justificar a postura adotada pela igreja: “’Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?’ Veja que tudo que é demasiado, exagerado e desequilibrado é prejudicial, e tem por fim a destruição”.
Uma pesquisa realizada em 2011 constatou que 40% dos evangélicos fazem ingestão de bebidas alcoolicas em eventos sociais. No artigo publicado na Arca Universal, a IURD usa as orientações de Paulo em Romanos 14:1-4 para ressaltar que a decisão a respeito do consumo de bebidas pertence às pessoas: “’Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu. Quem és tu que julgas o servo alheio?’ Então, cada um julgue a si mesmo se tem ou não fé para comer ou beber aquilo que tiver vontade”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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